Todos os Santos
Um pouco de História é sempre bom para entender um costume ou tradição. Para compreender por que, no calendário católico, se celebra uma festa de “Todos os Santos” comecemos por recordar que, depois de três séculos de perseguição, ora mais cruel, ora mais branda, sempre opressiva, os cristãos da antiguidade experimentaram, enfim, a liberdade. Foi quando, pela vitória de Constantino contra Maxêncio, na ponte Mílvio, sobre o rio Tibre, e pelo Edito de Milão, ano 313, não só ficou banida toda repressão contra o cristianismo, mas este se tornou a religião do Império Romano e, entre outras facilidades, a Igreja recebeu do novo imperador alguns palácios que, em grego, se chamam basílicas, palavra derivada de basiléus, que significa rei.
Dá-se o caso que, entre os grandes monumentos recebidos pelo Bispo e fiéis de Roma, estava um imenso e prestigioso templo. Chamavam-no os pagãos de Phantheon, que significa em grego: “de todos os deuses”.
Pois bem, naquele edifício dedicado a todos os deuses do paganismo, pareceu natural dedicar um templo em honra a todos os santos, ou seja, aos irmãos e irmãs que, pelo derramamento de sangue e na tormenta da grande perseguição do tempo das Catacumbas não perderam o ânimo, mas, de cabeça erguida, deram o testemunho de sua fé católica, e isso por todo o imenso território do Império Romano. São chamados santos pela integridade de sua vida, pela solidez de sua fé em Cristo, pela coragem moral de ir até à morte antes de trair seus compromissos com Cristo.
Cessada a perseguição dos Césares, tornou-se menor o número dos que davam testemunho (martyría, em grego) com sua morte. Aumentava proporcionalmente o número dos que dariam igual testemunho nos ritos mais simples da vida de todos os dias.
Foi assim, que no remoto século 4 da nossa era, nasceu a festa litúrgica que a Igreja Católica estabeleceu para resgatar a memória bendita de todos os cristãos e cristãs que, alheios a qualquer possibilidade ou pretensão de canonização, santificaram a sua vida por uma prática despretensiosa, mas fiel, constante e perseverante das exigências do Sermão da Montanha, das bem-aventuranças, daquele mandamento que Jesus chamou Meu e Novo: o mandamento primordial do amor a Deus e ao próximo.
Reafirmava-se desse modo, o conceito teológico de São Paulo ao chamar todo e qualquer fiel, desde que coerente com sua vocação batismal, com o nome de santo: “aos santos que estão na igreja X ou Y”, assim começam várias de suas cartas.
Nesse sentido, tenho a alegria de afirmar, que ao longo de minha vida, tive a sorte de conhecer muitos desses santos, e até de conviver com eles. Na solenidade de Todos os Santos, rememoro de bom grado uma “nuvem de testemunhas” oficialmente reconhecida pela Igreja Católica. Mas celebro também os meus santos: os que tive ao meu lado pelas estradas da vida.
Um pouco de História é sempre bom para entender um costume ou tradição. Para compreender por que, no calendário católico, se celebra uma festa de “Todos os Santos” comecemos por recordar que, depois de três séculos de perseguição, ora mais cruel, ora mais branda, sempre opressiva, os cristãos da antiguidade experimentaram, enfim, a liberdade. Foi quando, pela vitória de Constantino contra Maxêncio, na ponte Mílvio, sobre o rio Tibre, e pelo Edito de Milão, ano 313, não só ficou banida toda repressão contra o cristianismo, mas este se tornou a religião do Império Romano e, entre outras facilidades, a Igreja recebeu do novo imperador alguns palácios que, em grego, se chamam basílicas, palavra derivada de basiléus, que significa rei.
Dá-se o caso que, entre os grandes monumentos recebidos pelo Bispo e fiéis de Roma, estava um imenso e prestigioso templo. Chamavam-no os pagãos de Phantheon, que significa em grego: “de todos os deuses”.
Pois bem, naquele edifício dedicado a todos os deuses do paganismo, pareceu natural dedicar um templo em honra a todos os santos, ou seja, aos irmãos e irmãs que, pelo derramamento de sangue e na tormenta da grande perseguição do tempo das Catacumbas não perderam o ânimo, mas, de cabeça erguida, deram o testemunho de sua fé católica, e isso por todo o imenso território do Império Romano. São chamados santos pela integridade de sua vida, pela solidez de sua fé em Cristo, pela coragem moral de ir até à morte antes de trair seus compromissos com Cristo.
Cessada a perseguição dos Césares, tornou-se menor o número dos que davam testemunho (martyría, em grego) com sua morte. Aumentava proporcionalmente o número dos que dariam igual testemunho nos ritos mais simples da vida de todos os dias.
Foi assim, que no remoto século 4 da nossa era, nasceu a festa litúrgica que a Igreja Católica estabeleceu para resgatar a memória bendita de todos os cristãos e cristãs que, alheios a qualquer possibilidade ou pretensão de canonização, santificaram a sua vida por uma prática despretensiosa, mas fiel, constante e perseverante das exigências do Sermão da Montanha, das bem-aventuranças, daquele mandamento que Jesus chamou Meu e Novo: o mandamento primordial do amor a Deus e ao próximo.
Reafirmava-se desse modo, o conceito teológico de São Paulo ao chamar todo e qualquer fiel, desde que coerente com sua vocação batismal, com o nome de santo: “aos santos que estão na igreja X ou Y”, assim começam várias de suas cartas.
Nesse sentido, tenho a alegria de afirmar, que ao longo de minha vida, tive a sorte de conhecer muitos desses santos, e até de conviver com eles. Na solenidade de Todos os Santos, rememoro de bom grado uma “nuvem de testemunhas” oficialmente reconhecida pela Igreja Católica. Mas celebro também os meus santos: os que tive ao meu lado pelas estradas da vida.