PARA UMA MELHOR COMPREESÃO DA VIDA...
Às vezes me surpreendo perguntando: será que a vida, a família, os laços de amizade, os empreendimentos e tudo o que somos, temos e vivemos, está destinado somente ao caos da morte que anda à nossa espreita a todo instante? E interessante é que realmente não encontro resposta convincente em nenhum dos nossos limites; porque eles, de fato, estão muito aquém do infinito divino que nos cerca e permanece conosco numa interação fecunda a nos impulsionar para Si; e muitos de nós nem nos damos conta disso.
Sabemos de nossa fraqueza; dependência é o nome que mais se adequa ao que somos; um sopro de vida é o que temos segundo a segundo, estamos como que, cambaleantes, prestes a partir. E por mais que nos esforcemos ou procuremos adiar este momento nenhum de nós pode acrescentar um só côvado à duração de nossa vida. (Cf. Mt 6,27). Essa é a grande verdade latente sob a qual vivemos; assim, nossa persistência no viver é que nos faz ver além do que aparentamos, principalmente quando olhamos com o olhar de nossa fé, fé essa que perpassa nossa razão e os limites das forças naturais que nos cerca para encontrarmos Aquele que nos governa e é o verdadeiro suporte de nossa vida e de todas as coisas.
Deus é Eterno, sempre presente e não temos como viver se esquecermos isso. Tudo o que pensamos, falamos, fazemos e vivemos já é, porque nada passa, apenas fica gravado em nossas almas como arquivos vivos que só podem ser apagados com o perdão dos pecados, caso esses arquivos sejam maléficos, ervas daninhas a nos maltratar a consciência; porque o mal consiste no viver separado de Deus, isto é, como se Deus não existisse ou estivesse ausente de tudo e de todos ou mesmo alguém fictício ou ainda objeto de uma fé fragmentada, dividida em um sem número de crenças.
Na verdade Deus é e se nos revelou em toda sua plenitude na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, pois o Filho de Deus nos deu a entender perfeitamente o que é ser “imagem e semelhança” de Deus, já a partir de nossa presença no mundo, pois o mundo só existe por causa de nós que nele habitamos. Sem a nossa presença aqui, nada existiria ou mesmo teria sentido algum. Pensar o mundo sem os homens é pensar a vida sem Deus, e isso não é possível, pois somos, no presente em que estamos, os únicos seres pensantes, capazes de agir conscientemente e tomar decisões como se tudo dependesse de nós. Desse modo, podemos afirmar que os homens e o mundo existem em função da vida eterna que é em Deus, pois Deus mesmo nos aponta isso a partir do infinito que nos envolve; é como que a eternidade olhando para nós e para o tempo que nos leva para ela num ritmo constante de duas forças que se atraem e se encontram segundo os desígnios de Deus.
Jesus, o Verbo Divino que se fez carne no seio de Maria, por obra e graça do Espírito Santo, foi enviado por Deus, o Pai de nossas almas, para que todos os homens conheçam Aquele que nos governa e sustenta na vida presente e futura; e também veio para nos revelar a vida eterna que é Ele mesmo. Em Cristo Jesus somos salvos daquilo que nos desliga de Deus, e que chamamos de pecado, que é uma falta gravíssima e consciente contra o próprio Deus. Tal falta encerra os homens num estado mórbido, infernal, insuportável; uma espécie de desordem interior e exterior que os faz definhar aos poucos até dar cabo da vida, pois no pecado se encontra o terrível veneno da morte temporal e espiritual.
Já para o povo cristão, todavia, morrer em estado de graça é morrer em comunhão com a vontade de Deus, é entrar na vida eterna. Isto significa que aqui vivemos como Corpo Místico de Cristo que é a Igreja, da qual Ele é a Cabeça e nós somos seus membros. Por isso, a Igreja não é uma instituição meramente humana, mas sim, Divina, composta de seres humanos, porém, conduzida pelo Espírito Santo, a caminho da Plenitude do Reino de Deus.
A Igreja é chamada de Católica, porque é Nela que são gerados todos os filhos e filhas de Deus, mediante os Sacramentos de nossa salvação, estes nos acompanham desde o nascimento até nossa partida para o céu. São eles: Batismo, onde recebemos o dom da filiação divina e passamos a ser morada do Espírito Santo; Eucaristia, que é comunhão do Corpo e Sangue, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, o grande mistério da união mística de nossas almas com Aquele que é o verdadeiro alimento da vida eterna. Crisma ou confirmação, recebimento da plenitude da unção do Espírito Santo que nos faz verdadeiros discípulos de Jesus, o único Mestre e Senhor de toda vida.
Penitência ou Confissão, sacramento de cura da alma, quando ferida pelo pecado, caso falhemos em nossa missão de vivermos no mundo como filhos de Deus. Matrimônio, união sacramental sob a benção protetora de Deus, para a vivência da sexualidade e formação da família cristã. Ordem, vocação e consagração definitiva a Deus para a realização de todos os Sacramentos de nossa salvação. Unção dos Enfermos, sacramento de cura física, psíquica e espiritual, que também nos prepara para a entrada triunfal no Reino de Deus.
Além disso, a Igreja nos ensina a vivermos neste mundo preparando a vida futura que há de vir e que já está no meio de nós; por esse motivo, nos desdobramos servindo ao Senhor com esmerada dedicação e desvelo, visando à salvação de todos. Por isso, o Senhor nos dá experimentar tudo o que vivemos de nossa fé diretamente, como Ele mesmo experimentou quando se fez um de nós e nos deu conhecer o modo como age Deus Pai junto àqueles que lhe servem aqui na pessoa de nossos irmãos e irmãs.
Ora, quem vive segundo os mandamentos da Lei de Deus e fecunda sua existência pela prática das virtudes, recebe do Senhor a recompensa de viver em paz e tranquilidade de coração, mesmo carregando sua cruz de cada dia, pois a cruz para nós é o sinal do verdadeiro seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo, é também o sinal de que por ela alcançaremos o céu, a glória de Deus, porque o Senhor não nos deixa sozinhos, Ele vai conosco à nossa frente para não errarmos o caminho que nos conduz a Deus Pai.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
Às vezes me surpreendo perguntando: será que a vida, a família, os laços de amizade, os empreendimentos e tudo o que somos, temos e vivemos, está destinado somente ao caos da morte que anda à nossa espreita a todo instante? E interessante é que realmente não encontro resposta convincente em nenhum dos nossos limites; porque eles, de fato, estão muito aquém do infinito divino que nos cerca e permanece conosco numa interação fecunda a nos impulsionar para Si; e muitos de nós nem nos damos conta disso.
Sabemos de nossa fraqueza; dependência é o nome que mais se adequa ao que somos; um sopro de vida é o que temos segundo a segundo, estamos como que, cambaleantes, prestes a partir. E por mais que nos esforcemos ou procuremos adiar este momento nenhum de nós pode acrescentar um só côvado à duração de nossa vida. (Cf. Mt 6,27). Essa é a grande verdade latente sob a qual vivemos; assim, nossa persistência no viver é que nos faz ver além do que aparentamos, principalmente quando olhamos com o olhar de nossa fé, fé essa que perpassa nossa razão e os limites das forças naturais que nos cerca para encontrarmos Aquele que nos governa e é o verdadeiro suporte de nossa vida e de todas as coisas.
Deus é Eterno, sempre presente e não temos como viver se esquecermos isso. Tudo o que pensamos, falamos, fazemos e vivemos já é, porque nada passa, apenas fica gravado em nossas almas como arquivos vivos que só podem ser apagados com o perdão dos pecados, caso esses arquivos sejam maléficos, ervas daninhas a nos maltratar a consciência; porque o mal consiste no viver separado de Deus, isto é, como se Deus não existisse ou estivesse ausente de tudo e de todos ou mesmo alguém fictício ou ainda objeto de uma fé fragmentada, dividida em um sem número de crenças.
Na verdade Deus é e se nos revelou em toda sua plenitude na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, pois o Filho de Deus nos deu a entender perfeitamente o que é ser “imagem e semelhança” de Deus, já a partir de nossa presença no mundo, pois o mundo só existe por causa de nós que nele habitamos. Sem a nossa presença aqui, nada existiria ou mesmo teria sentido algum. Pensar o mundo sem os homens é pensar a vida sem Deus, e isso não é possível, pois somos, no presente em que estamos, os únicos seres pensantes, capazes de agir conscientemente e tomar decisões como se tudo dependesse de nós. Desse modo, podemos afirmar que os homens e o mundo existem em função da vida eterna que é em Deus, pois Deus mesmo nos aponta isso a partir do infinito que nos envolve; é como que a eternidade olhando para nós e para o tempo que nos leva para ela num ritmo constante de duas forças que se atraem e se encontram segundo os desígnios de Deus.
Jesus, o Verbo Divino que se fez carne no seio de Maria, por obra e graça do Espírito Santo, foi enviado por Deus, o Pai de nossas almas, para que todos os homens conheçam Aquele que nos governa e sustenta na vida presente e futura; e também veio para nos revelar a vida eterna que é Ele mesmo. Em Cristo Jesus somos salvos daquilo que nos desliga de Deus, e que chamamos de pecado, que é uma falta gravíssima e consciente contra o próprio Deus. Tal falta encerra os homens num estado mórbido, infernal, insuportável; uma espécie de desordem interior e exterior que os faz definhar aos poucos até dar cabo da vida, pois no pecado se encontra o terrível veneno da morte temporal e espiritual.
Já para o povo cristão, todavia, morrer em estado de graça é morrer em comunhão com a vontade de Deus, é entrar na vida eterna. Isto significa que aqui vivemos como Corpo Místico de Cristo que é a Igreja, da qual Ele é a Cabeça e nós somos seus membros. Por isso, a Igreja não é uma instituição meramente humana, mas sim, Divina, composta de seres humanos, porém, conduzida pelo Espírito Santo, a caminho da Plenitude do Reino de Deus.
A Igreja é chamada de Católica, porque é Nela que são gerados todos os filhos e filhas de Deus, mediante os Sacramentos de nossa salvação, estes nos acompanham desde o nascimento até nossa partida para o céu. São eles: Batismo, onde recebemos o dom da filiação divina e passamos a ser morada do Espírito Santo; Eucaristia, que é comunhão do Corpo e Sangue, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, o grande mistério da união mística de nossas almas com Aquele que é o verdadeiro alimento da vida eterna. Crisma ou confirmação, recebimento da plenitude da unção do Espírito Santo que nos faz verdadeiros discípulos de Jesus, o único Mestre e Senhor de toda vida.
Penitência ou Confissão, sacramento de cura da alma, quando ferida pelo pecado, caso falhemos em nossa missão de vivermos no mundo como filhos de Deus. Matrimônio, união sacramental sob a benção protetora de Deus, para a vivência da sexualidade e formação da família cristã. Ordem, vocação e consagração definitiva a Deus para a realização de todos os Sacramentos de nossa salvação. Unção dos Enfermos, sacramento de cura física, psíquica e espiritual, que também nos prepara para a entrada triunfal no Reino de Deus.
Além disso, a Igreja nos ensina a vivermos neste mundo preparando a vida futura que há de vir e que já está no meio de nós; por esse motivo, nos desdobramos servindo ao Senhor com esmerada dedicação e desvelo, visando à salvação de todos. Por isso, o Senhor nos dá experimentar tudo o que vivemos de nossa fé diretamente, como Ele mesmo experimentou quando se fez um de nós e nos deu conhecer o modo como age Deus Pai junto àqueles que lhe servem aqui na pessoa de nossos irmãos e irmãs.
Ora, quem vive segundo os mandamentos da Lei de Deus e fecunda sua existência pela prática das virtudes, recebe do Senhor a recompensa de viver em paz e tranquilidade de coração, mesmo carregando sua cruz de cada dia, pois a cruz para nós é o sinal do verdadeiro seguimento de nosso Senhor Jesus Cristo, é também o sinal de que por ela alcançaremos o céu, a glória de Deus, porque o Senhor não nos deixa sozinhos, Ele vai conosco à nossa frente para não errarmos o caminho que nos conduz a Deus Pai.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.