Fui a Roma e não vi o Papa
Quando alguma coisa não tem um real sentido ou não atinge o seu objetivo, dizem que é como “ir a Roma e não ver o Papa”. Então, pode parecer que foi isso que aconteceu comigo recentemente. O Papa estava na Espanha, num encontro com a juventude de vários países, e não apareceu à janela da Basílica de São Pedro, como costuma fazer, para o aceno à multidão de turistas ali no pátio. Com todo o respeito a Sua Santidade, a sua ausência não afetou o sentido da minha visita ao Vaticano, cuja história transcende o tempo e aquele templo.
Aqui mesmo em Maceió, o Papa João Paulo II já se fez presente, cuja celebração ocorreu às margens da Lagoa de Mundaú e mesmo assim eu não fui vê-lo pessoalmente, apesar de ter tentado chegar até aquele local. Desisti, diante da multidão que enchia as ruas e do caos do trânsito. Mas não deixei de enfatizar a importância daquele grandioso evento, que atraiu multidões de todo o Estado de Alagoas. Rendeu-me ainda uma poesia, cuja primeira estrofe dizia assim: / “Até João Paulo II / Conheceu nossa lagoa / E disse que a natureza / Por aqui foi muito boa / Criando mais um encanto / Nas terras de Alagoas” /
Se não vi o Papa atual, vi a tumba de João Paulo II, onde já aparece a inscrição “beato”, em latim. Um Papa que deixou o maior exemplo de amor ao próximo, perdoando o seu maior inimigo, aquele que atentou contra a sua própria vida. Não vi o Papa, mas vi aquele que em breve será chamado de Santo. Um Papa que o povo católico jamais esquecerá: JOÃO PAULO II.