O PARALÍTICO DE CAFARNAUM

MENSAGEIRO

ÓRGÃO DO CENTRO ESPÍRITA OLHAR DE MARIA

Abril/1984

O PARALÍTICO DE CAFARNAUM

(Mc. 2:3 a 12)

Honório de Abreu

Todos quantos se encontram matriculados na escola do Cristo que hoje ressurge gloriosa nas luzes da Doutrina Espirita não desconhecem que os paralíticos, cegos, surdos, leprosos e demais necessitados por ele curados representam efetivamente a legião de doentes da alma que vem sendo atendida por sua bondade no decorrer dos séculos.

O Espiritismo é, por isso, a grande seara de Amor que tem proporcionado aos que o busca a oportunidade não só de colaborar na “condução” de corações sofridos ao atendimento do Medico Divino, como de receber a sábia orientação capaz de proporcionar o seu reerguimento do catre da paralisia em que têm se estagiado por longo tempo.

Quatro criaturas anônimas, representando as potências de trabalhadores que ocorrem em nosso de todos os quadrantes, “conduziram” o paralitico ao Mestre. A narrativa nos indica que tais amigos “vieram ter com ele”. Em verdade não se vai atrás do Cristo, já que ele está sempre presente junto de cada um. Na maioria dos casos não é sentido, não e percebido. Esta tem si do a tarefa abnegada de muitos que, em nome de Jesus, nos auxiliam no dia a dia, empenhados em nos despertar, fazendo-nos aptos a visualizá-los em nosso próprio campo de ação.

Adotando, pois, olhos de ver e ouvidos de ouvir percebemos a extensão da misericórdia do Pai na ação equilibrada dos que, em seu nome, plasmam os valores que acordarão nos “quatro” cantos de nossa casa íntima os recursos adormecidos que, uma vez ativados, nos colocarão diante dele para o reerguimento definitivo do ser nas bases firmes do Amor.

Na busca do conhecimento espiritual não se pode esquecer que, se de um lado temos os doentes físicos, a quem estão impostas as provas redentoras, na experiência reencarnatoria, de outro encontraremos os “paralíticos”, do espírito, apáticos ao movimento edificante.

Só Jesus pode nos oferecer os elementos necessários à conquista de grande meta da redenção.

E são os amigos que com ele se integram na distribuição da dadivas celestes os que nos têm “conduzido” aos seus pés, a fim de que, sintonizados com a sua sábia orientação, possamos abandonar para sempre o passado delituoso, mobilizando os instrumentos do trabalho renovador, consoante o que nos ensina a doutrina dos Espíritos: “fora de caridade não há salvação”.

Pub. na Revista “Aliança Espirita”,

Ano I – nº 3

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 25/08/2011
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