Èvangelização a céu aberto {SERMO CXXXII]

EVANGELIZAÇÃO A CÉU ABERTO

Prof. Dr. Antonio Mesquita Galvão

Ai de mim se eu não anunciar o evangelho! (1Cor 9,16)

Quando se fala em evangelização, num evento como este, sempre surgem questões, como, por exemplo: o que é evangelizar? Como evangelizar? A quem evangelizar? Na verdade, evangelizar é um mandamento divino, igual aqueles compreendidos no decálogo ético do Sinai (cf. Ex 20), o mandato de batizar a todos (cf. Mt 28,19; Mc 16,15), a missão de colocar-se a serviço (cf. Jo 13,14) e perdoar pecados (cf. Jo 20,22 ), etc.

O Papa Bento XVI recentemente indicou o exemplo de Maria, que vai ao encontro de sua prima Isabel, como modelo de evangelização: “A caridade de Maria [...] atinge o seu ápice no doar o próprio Jesus, no ‘fazê-lo encontrar’. Estamos assim no coração e cume da missão evangelizadora. É o significado mais verdadeiro e o objetivo mais genuíno de todo o caminho missionário: doar aos homens o Evangelho vivente e pessoal, que é o próprio Senhor Jesus”.

O Povo de Deus clama pela salvação e pela comunhão-koinonia que o Pai lhe preparou e, no meio de suas lutas por viver e encontrar o sentido profundo da vida, espera de todos nós, teólogos, bispos, presbíteros e evangelizadores, o anúncio da boa notícia (cf. P 340). A missão de evangelizar é de todo o Povo de Deus. Esta é sua vocação primordial, “sua identidade mais profunda” (EN 14).

No cerne fontal da evangelização deve conter sempre uma clara proclamação de que em Jesus Cristo se oferece a salvação a todos os homens como dom da graça e da misericórdia de Deus. Ou a Igreja é evangelizadora ou deixa de ser Igreja.

Qual é, afinal, a razão de existir da Igreja de Cristo? Ela existe para evangelizar, disse o papa Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, depois do Sínodo sobre a evangelização, em 1974. Esta é a sua missão! É isso que Jesus pediu aos apóstolos, quando os enviou a todos os povos e a toda criatura: “ide... proclamai o Evangelho”.

E essa missão, realizada por toda a comunidade daqueles que Jesus Cristo reuniu, santificou e enviou, tem basicamente quatro aspectos complementares, como recordam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, da CNBB:

1. O serviço ao próximo em nome de Cristo;

2. O diálogo com todos, para a aproximação respeitosa, a

busca da verdade e a promoção da convivência fraterna;

3. O anúncio explícito da Palavra de Deus;

4. O testemunho de comunhão, para manifestar a vida nova do

Evangelho.

Evangelizar: afinal, qual o significado que teve para Cristo este imperativo? Não é fácil certamente exprimir, numa síntese completa, o sentido, o conteúdo e os modos da evangelização, tal como Jesus a concebia e a pôs em prática. O Mestre começa anunciando o Reino e culmina com a exposição daquilo que seria o síntese da boa notícia: a salvação e o perdão dos pecados (cf. Jo 3,16). De resto, tal síntese jamais será uma coisa perfeitamente acabada. Aqui, bastar-nos-á recordar alguns dos aspectos essenciais (EN 7-12):

1. O anúncio do Reino de Deus;

2. A revelação da salvação libertadora;

3. A custa de um esforço de conversão;

4. Uma pregação infatigável;

5. Para uma comunidade evangelizada e evangelizadora;

6. A evangelização é a vocação própria da Igreja.

Evangelizadora como é seu propósito, a Igreja deveria começar por se evangelizar a si mesma. Comunidade de crentes, comunidade de esperança vivida e comunicada, comunidade de amor fraterno movida pelo Espírito Santo, ela tem necessidade de ouvir sem cessar aquilo que ela deve acreditar, as razões da sua esperança e o mandamento novo do amor.

O Povo de Deus imerso no mundo, e não raro tentado pelos ídolos, ela precisa ouvir, incessantemente, proclamar as grandes obras de Deus, que a converteram para o Senhor; precisa sempre ser convocada e reunida de novo por ele. À questão “a quem evangelizar?” por sua complexidade comporta um cipoal de alternativas e pistas. Todos devem ser evangelizados, pois sempre há a carência de conversão, a partir da Igreja, de suas autoridades e do povo em geral.

1. As crianças e suas famílias;

2. Aos jovens, universitários e pessoas em formação;

3. Aos políticos, governantes e autoridades;

4. Aos pagãos e àqueles que não ouviram falar de Jesus Cristo;

5. Aos ministros e autoridades da Igreja;

6. Aos, mesmo batizados, que são indiferentes, tíbios ou

rebeldes;

7. Aos ateus e a todos que perderam a fé;

8. A todos os batizados, pois sempre há uma generalizada

carência de conversão.

A Igreja se converte cada dia à Palavra de verdade. Segue a Cristo encarnado, morto e ressuscitado pelos caminhos da história. Ela se faz seguidora do evangelho ara transmiti-lo aos homens, com plena fidelidade. Evangelizar é anunciar a boa notícia. Que notícia é esta? Jesus está vivo; ressuscitou. A síntese dessa novidade encontramos em João 3,16:

Deus de tal forma amou o mundo que deu seu Filho único

para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha

vida eterna.

O trabalho da evangelização dá a conhecer o Jesus histórico e o Cristo da fé como o kyrios que nos revela o Pai e nos comunica seu Espírito. A evangelização nos chama à conversão que implica em reconciliação e vida nova, capaz de nos levar à comunhão com o Pai, que nos torna filhos e irmãos. Faz brotar, pela caridade derramada em nossos corações, frutos de justiça, respeito, dignidade e paz no mundo.

É da evangelização que brota a ação cristã no mundo. Ela deve ser transformadora ou deixa de ser cristã. A história da comunidade cristã, a partir da pregação de Pedro na manhã do Pentecostes, se amalgama e se confunde com a história do anúncio da boa notícia.

Em cada nova fase da história humana, a Igreja, constantemente estimulada pelo desejo de evangelizar, não tem senão uma preocupação instigadora:

Quem enviar a anunciar o mistério de Jesus? Com que linguagem anunciar tal mistério? Como fazer para que ele ressoe e chegue a todos aqueles que o hão-de ouvir? Este anúncio, kérygma, pregação ou catequese, ocupa tal lugar na evangelização que, com frequência, se tornou sinônimo dela.

Numa palavra, é o mesmo que dizer que a Igreja-comunidade-de-fiéis tem sempre necessidade de ser evangelizada se quiser conservar frescor, alento e força para anunciar o Evangelho e salvar. O Concílio Ecumênico Vaticano II recordou e depois o Sínodo de 1974 retomou com vigor este mesmo tema: a Igreja se evangeliza por uma conversão e uma renovação constantes, a fim de evangelizar o mundo com credibilidade (EN 15).

A mesma salvação, centro do anúncio da boa notícia se transforma naquela força misteriosa que inflete em um vigoroso processo de libertação de tudo que oprime o homem, mas, sobretudo libertação do pecado e da ação do maligno. Aparece aí o pecado individual e o social, que devem ser enfrentados com coragem e discernimento. O cristão só pode se colocar a serviço da evangelização se essa tarefa lhe for suscitada pelo Espírito. Ele é a essência da evangelização.

Existe, portanto, uma ligação profunda entre Cristo, a Igreja e

a evangelização. Durante este “tempo da Igreja” é ela que

tem a tarefa de evangelizar. E essa tarefa não se realiza sem

ela e, menos ainda, contra ela (EN 16).

A igreja aqui mencionada, longe de uma estrutura formal, hierárquica ou burocrática, opressora às vezes, é a comunidade dos crentes. Muitas vezes, fora da igreja-templo, se evangeliza melhor, a partir do santuário do coração de cada batizado. As pregações das igrejas muitas vezes são formais, frias e despidas do calor que desce do fogo do Espírito.

As homilias rotineiras das missas dominicais, com tempo reduzido e tema restrito não conseguem atingir os objetivos traçados pelo projeto evangelizador. Em muitos casos, ao invés de cativar, espantam... A Igreja, que somos nós, dos que se tornaram profetas pelo batismo, precisa ter a coragem de atuar do centro para a margem, descentralizando (e desclericalizando) a tarefa da evangelização.

Em outros casos, as atividades de certos pregadores de novenas, retiros e romarias igualmente não chegam a criar aquele encantamento capaz de mover os corações no sentido de uma opção totalizante por Cristo, que conhecemos como conversão. Ás vezes é salutar, como a Igreja primitiva, onde Paulo abria mão dos ambientes fechados para pregar em lugares mais arejados, a céu aberto.

Eu conheço alguns sistemas notáveis de evangelização a céu aberto. Há tempos vi um grafite pintado em um viaduto da cidade de Canoas. Ao notá-lo constatei a dificuldade que o grafiteiro teve que se colocar de cabeça para baixo para escrever sua mensagem. De qualquer forma, a despeito dos percalços o texto bíblico está lá até hoje, dando o que pensar:

Invoque-me no dia da angústia, eu te livrarei e tu me

glorificarás (Sl 50,15).

Na BR-116, nas proximidades do Aeroporto de Porto Alegre, alguém desenvolve diuturnamente uma ponderável ação de evangelização. Uma pessoa, ou grupo, diariamente, coloca no canteiro gramado que divide as duas pistas, mensagens e textos bíblicos e motivacionais, num autêntico kérygma da Verdade que liberta. Trata-se de pequenas tabuletas de material usado, quais antigos´"óstracos", como telhas, chapas de pedra, madeira, etc.

Já li mensagem escrita até em uma sucata de antena parabólica. Não se trata de uma atividade oficial nem sofisticada, já que emprega materiais usados e as letras denotam uma caligrafia de pessoa simples, demonstrando uma evangelização popular.

Semelhantes aos óstracos do antigo Oriente Médio, essas tabuletas levam mensagens espirituais a quem passa por ali de ônibus ou de carro, pois é um local de trânsito lento e intenso, o que favorece a leitura e a reflexão. Eu passo por lá quase todos os dias e leio as mensagens que alguém, humilde, mas crente, usando sucatas, mas atingindo o objetivo, deixa para todos:

“Jesus te ama”, “Leia a Bíblia”, “Jesus está voltando”, “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua família”, “Não saia de casa sem levar Jesus”, “Jesus é o caminho”, “A Verdade vos libertará” e outros.

Isto é evangelizar!

Entre as sucatas empregadas para publicizar as mensagens, me chamou a atenção algo curioso e até paradoxal, como o emprego do verso de tabuletas que sobraram das campanhas políticas. De um lado a foto do político, geralmente de conduta duvidosa, e de outro o Santo, o Salvador, oferecendo a salvação e a vida em abundância. Evangelizar, nunca é demais repetir, é um mandamento, junto com tantos outros contidos nas Sagradas Escrituras.

Então Jesus se aproximou, e falou: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,18ss).

O anúncio da boa notícia (a evangelização) é associado ao batismo que, junto com a fé, se torna o caminho da salvação:

Então Jesus disse-lhes: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a

Boa Notícia para toda a humanidade. Quem crer e for

batizado, será salvo. Quem não crer, será condenado”

(Mc 16,15s).

Na sinagoga de Nazaré, numa manhã de sábado, Jesus faz a leitura de um trecho do profeta Isaias e coloca, para seus ouvintes de todos os tempos, as bases de sua atividade messiânica:

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me

consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos

pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e

aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos

(Lc 4,18).

Para os discípulos de João Batista, Jesus responde com suas atitudes sobre a atividade evangelizadora que veio instaurar:

Depois respondeu: “Voltem, e contem a João o que vocês

viram e ouviram: os cegos recuperam a vista, os paralíticos

andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os

mortos ressuscitam, e a Boa Notícia é anunciada aos pobres.

E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!”

(Lc 7,22s).

Em todas as narrativas dos quatro evangelistas que descrevem os movimentos de Jesus pela Palestina há sempre alguma referência ao kérygma da novidade do Reino:

Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando

a Boa Notícia do Reino de Deus (Lc 8,1).

Um dia Jesus chamou um homem para que se tornasse discípulo e missionário. Este alegou compromissos humanos e sociais. A palavra do Mestre aponta para o valor e a transcendência da missão, em superveniência às preocupações humanas:

J esus disse a um homem: “Siga-me”. Esse respondeu: “Deixa

primeiro que eu vá sepultar meu pai”. Jesus respondeu: “Deixe

que os mortos sepultem seus próprios mortos; mas você, vá

anunciar o Reino de Deus”. (Lc 9,59s).

No Apocalipse, último livro do Novo Testamento, lê-se que um mensageiro (anjo) vem do céu com um evangelho (possivelmente um rolo) na mão, para torná-lo disponível a todos. Apesar de alguma dificuldade em compreender esse livro, é salutar que se observe que o autor sagrado chama de evangelho eterno a proclamação que o anjo vem fazer. Assim como a mensagem de Jesus dura para sempre, igualmente sua boa notícia é eterna.

Depois disso, vi outro Anjo que voava no meio do céu, com um

evangelho eterno, para anunciá-lo aos habitantes da terra, a

toda nação, tribo, língua e povo (Ap 14,6).

No contexto da evangelização, o verbete eu-anguélion, onde eú é bom, e anguélion é um anúncio que nos leva à boa notícia. Eu prefiro boa-notícia ao invés do lusitano boa-nova. De outro lado, o kérygma (há quem fale em querigma) vem do verbo kerizôo, cujo sentido também é anunciar. São Paulo usa muito esse verbo:

Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; pelo

contrário, é uma necessidade que me foi imposta. Ai de mim

se eu não anunciar o Evangelho! Se eu o anunciasse de

própria iniciativa, teria direito a um salário; no entanto, já que

o faço por obrigação, desempenho um cargo que me foi

confiado. Qual é então o meu salário? É que, pregando o

Evangelho, eu o prego gratuitamente, sem usar dos direitos

que a pregação do Evangelho me confere (1Cor 9,16ss).

Aos fiéis de Filipos o apostolo encoraja aqueles de anunciam o evangelho de Jesus, afirmando que está orando por eles:

E sempre, em minhas orações, rezo por todos com alegria,

porque vocês cooperaram no anúncio do Evangelho, desde o

primeiro dia até agora. Tenho certeza de que Deus, que

começou em vocês esse bom trabalho, vai continuá-lo até que

seja concluído no dia de Jesus Cristo (Fp 1,4ss).

Paulo chega a revelar que traz no coração todos os que participam com ele da graça de evangelizar, em todas as circunstâncias do apostolado.

É justo que eu pense assim de todos vocês, porque vocês estão no meu coração. De fato, participam comigo da graça que recebi, seja nas prisões, seja na defesa e confirmação do Evangelho (Fp 1,7).

A esta altura, devem estar rondando em nossas cabeças algumas questões, entre elas, talvez a mais importante: Como evangelizar?

1. Buscar meios eficazes de comunicação;

2. Desenvolver uma pregação viva e objetiva;

3. Acrescentar à pregação um vigoroso testemunho de vida;

4. Incrementar a liturgia da Palavra, com uma explicação

entendida por todos;

5. Conduzir os fiéis aos sacramentos,

especialmente Penitência e Eucaristia;

6. Enriquecer e qualificar a catequese;

7. Dar uma ênfase toda especial à acolhida;

8. Ampliando a formação popular: cursos, seminários, livros e

publicações religiosas;

9. Criar espaços de convívio onde as pessoas se sintam bem;

10. Valer-se dos contatos pessoais.

Tem muita gente comete o erro de achar que só é evangelização aquilo que é produzido pelo saber oficial da Igreja ou pelos meios intelectualizados, esquecendo que o anúncio da boa notícia é algo simples, espontâneo e dirigido ao coração do povo. É importante saber que aos olhos do Maligno, os evangelizadores são nocivos. De outro lado surge a questão: o que não é evangelização?

1. Homilias apressadas, vazias de conteúdo e sentimento;

2. Meras demonstrações de verborragias do saber teológico;

3. Superficialidade em estabelecer metas e objetivos;

4. Falta de atenção com os clamores do povo;

5. Uso do costume e da “experiência” acima do carisma e da

entrega;

6. Celebrações teóricas, despidas de prática e de objetividade,

que se afastam das propostas da conversão.

Ao contrário de tudo que falamos aqui, é lamentável observar a atitude da Rede Vida de Televisão, uma emissora católica, com sede no interior de São Paulo que, ao invés de evangelizar, cede várias horas de seus espaços para estimular o consumo e a ostentação.

Enquanto outras tevês, evangélicas, pentecostais, adventistas, budistas e espíritas se esforçam para divulgar seus conteúdos e anunciar suas doutrinas, a televisão católica abre espaços para o consumo e as futilidades do comércio de jóias e bijuterias. Mesmo seus programas em “horário nobre” tratam mais de política e variedades do que da promoção da boa notícia. Isto é o inverso da evangelização a céu aberto.

A evangelização há de conter também sempre, ao mesmo

tempo como base, centro e ápice do seu dinamismo, uma

proclamação clara que, em Jesus Cristo, Filho de Deus feito

homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a todos

os homens, como dom da graça e da misericórdia do mesmo

Deus (EN 27).

Não se promove evangelização através de palavras ocas ou de gestos vazios. Ela tem de calar fundo no coração do homem e dos povos. Por isso sua dinâmica procura a conversão pessoal e a transformação social. A missão de evangelizar deve estar incluída nas prioridades das comunidades que se disponham a viver e multiplicar a mensagem do evangelho.

O evangelizador deve participar da fé, da vida e da missão da comunidade que o envia. Evangelizar – como vimos – é um mandamento, e como tal deve ser incrementado por atenção, estudo, responsabilidade e entrega.

Assim como não se semeia de mãos fechadas, igualmente não se anuncia a boa notícia de Jesus de boca calada, sem testemunho de vida ou sem uma ponderável dose de desprendimento. Evangelizar é anunciar que Jesus vive e é o Senhor, Isto se faz com persistência e fidelidade, usando os meios disponíveis e adequados.

É preciso ter o discernimento profético de sair das sacristias e das “salas de reuniões” apara anunciar a Verdade a céu aberto. A pessoa, evangelizador4a a céu aberto, que me chamou a atenção é um jovem, de seus vinte e poucos anos, vendedor de frutas, que diariamente coloca os óstracos para a leitura e edificação dos que passam, No dia seguinte, ele troca os cartazes, colocando outros e assim renovando a mensagem a cada dia.

O autor é Filósofo, Doutor em Teologia Moral e Escritor. Publicou de mais de cem livros, no Brasil e Exterior, entre eles “Evangelização e Marketing”, Ed. Ave-Maria, 2000. Pregador de retiros de espiritualidade, novenas e romarias. Conferencista internacional, assessor de cursos e workshops de liturgia, espiritualidade e filosofia.

E-mail do autor: kerygma.amg@terra.com.br