A EXPERIÊNCIA DE DEUS
Quando falamos de experiência, falamos daquilo que experimentamos sem sombra de dúvidas, isto é, daquilo que é comprovado de fato ou da verdade em si para além das teorias ou outros argumentos pretensamente convincentes.
Porém, quando tratamos da realidade divina, logo inferimos que esta transcende nossa natureza, todavia, a percebemos profundamente presente porque ela nos sustenta, visto que todos os poderes naturais são dependentes do Poder Eterno de Deus que nos governa e que libera sua força inesgotável para nós, pouco a pouco, como a energia gerada por turbinas que fazem presente a luminosidade que acede nossas lâmpadas.
E como temos uma percepção mais apurada da Realidade Divina, ou seja, da presença de Deus? Ora, pela fé, pois, assim escreveu São Paulo: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.” (Heb 11,1). Por exemplo: o ar é invisível nós não o vemos, não o pegamos como as outras coisas, no entanto, nós dependemos dele pra tudo em nossa vida e sem ele não existimos. Logo, o ar é uma criatura invisível de Deus e dependemos desse ser invisível diretamente; com muito mais razão cremos que o nosso Criador está presente em nossa existência muito mais que nós mesmos; é como falou São Paulo no seu discurso em Atenas: “Porque é em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos”. (At 17,22a).
Eis alguns exemplos da experiência divina em meio à nossa humanidade; vejamos o exemplo dos Patriarcas de nossa fé: Abraão é chamado o pai da fé, porque creu em Deus e com Ele conviveu todos os seus dias até ser chamado para a sua glória depois de cumprir toda sua vontade neste mundo. (Cf. Gen 12-25). Em Moisés vemos a magnânima amizade de Deus com uma criatura humana, pois Deus lhe falava “face a face” (Cf. Deut 34,10), e mais ainda: “Santificou-o pela sua fé e mansidão, escolheu-o entre todos os homens. Pois (Deus) atendeu-o, ouviu sua voz e o introduziu na nuvem. Deu-lhe seus preceitos perante (seu povo) e a lei da vida e da ciência, para ensinar a Jacó sua aliança e a Israel seus decretos.” (Eclo 45,4-6).
Assim foram essas duas grandes figuras do Antigo Testamento e tantos outros patriarcas e profetas que os sucederam; estes ouviam a Deus e consignavam suas palavras por escrito a fim de que sua posteridade escutasse também a voz do Senhor e lhe obedecesse em tudo; pois, ouvir a Deus e pôr em prática os seus preceitos é a razão de ser dos justos neste mundo em vista da eternidade que os espera.
Todavia, o exemplo mais perfeito da experiência de Deus feita por um ser humano neste mundo, vemos na pessoa da Virgem Maria, a Mãe de Jesus; pois, Deus a preparou para esse fim em seu desígnio eterno de amor e redenção. Donde se ouviu dizer que uma criatura humana fosse capaz de conceber o próprio Deus? Aos olhos da experiência humana, isso é impossível; mas para Deus tudo é possível. (Cf. Lc 1,37)... Maria é aquela que diz sim a Deus desde sua concepção, pois, imaculada desde o ventre de sua mãe, foi escolhida por Deus para gerar o Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, pela ação do Espírito Santo, conforme o relato de São Lucas: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.” (Lc 1,35). “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38a).
Portanto, como vimos acima, a experiência de Deus é uma necessidade da alma humana para atingir o cume da perfeição e da glória eterna que o Senhor reserva para aqueles que o amam e que o servem neste mundo. E essa experiência se dá pela ação do Espírito Santo em nossas almas a princípio quando do nosso batismo, como disse Jesus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito”. (Jo 3,5-6). Ou ainda: “Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.” (Jo 1,12).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
***
“É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. (1Cor 2,9).
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Quando falamos de experiência, falamos daquilo que experimentamos sem sombra de dúvidas, isto é, daquilo que é comprovado de fato ou da verdade em si para além das teorias ou outros argumentos pretensamente convincentes.
Porém, quando tratamos da realidade divina, logo inferimos que esta transcende nossa natureza, todavia, a percebemos profundamente presente porque ela nos sustenta, visto que todos os poderes naturais são dependentes do Poder Eterno de Deus que nos governa e que libera sua força inesgotável para nós, pouco a pouco, como a energia gerada por turbinas que fazem presente a luminosidade que acede nossas lâmpadas.
E como temos uma percepção mais apurada da Realidade Divina, ou seja, da presença de Deus? Ora, pela fé, pois, assim escreveu São Paulo: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.” (Heb 11,1). Por exemplo: o ar é invisível nós não o vemos, não o pegamos como as outras coisas, no entanto, nós dependemos dele pra tudo em nossa vida e sem ele não existimos. Logo, o ar é uma criatura invisível de Deus e dependemos desse ser invisível diretamente; com muito mais razão cremos que o nosso Criador está presente em nossa existência muito mais que nós mesmos; é como falou São Paulo no seu discurso em Atenas: “Porque é em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos”. (At 17,22a).
Eis alguns exemplos da experiência divina em meio à nossa humanidade; vejamos o exemplo dos Patriarcas de nossa fé: Abraão é chamado o pai da fé, porque creu em Deus e com Ele conviveu todos os seus dias até ser chamado para a sua glória depois de cumprir toda sua vontade neste mundo. (Cf. Gen 12-25). Em Moisés vemos a magnânima amizade de Deus com uma criatura humana, pois Deus lhe falava “face a face” (Cf. Deut 34,10), e mais ainda: “Santificou-o pela sua fé e mansidão, escolheu-o entre todos os homens. Pois (Deus) atendeu-o, ouviu sua voz e o introduziu na nuvem. Deu-lhe seus preceitos perante (seu povo) e a lei da vida e da ciência, para ensinar a Jacó sua aliança e a Israel seus decretos.” (Eclo 45,4-6).
Assim foram essas duas grandes figuras do Antigo Testamento e tantos outros patriarcas e profetas que os sucederam; estes ouviam a Deus e consignavam suas palavras por escrito a fim de que sua posteridade escutasse também a voz do Senhor e lhe obedecesse em tudo; pois, ouvir a Deus e pôr em prática os seus preceitos é a razão de ser dos justos neste mundo em vista da eternidade que os espera.
Todavia, o exemplo mais perfeito da experiência de Deus feita por um ser humano neste mundo, vemos na pessoa da Virgem Maria, a Mãe de Jesus; pois, Deus a preparou para esse fim em seu desígnio eterno de amor e redenção. Donde se ouviu dizer que uma criatura humana fosse capaz de conceber o próprio Deus? Aos olhos da experiência humana, isso é impossível; mas para Deus tudo é possível. (Cf. Lc 1,37)... Maria é aquela que diz sim a Deus desde sua concepção, pois, imaculada desde o ventre de sua mãe, foi escolhida por Deus para gerar o Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, pela ação do Espírito Santo, conforme o relato de São Lucas: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.” (Lc 1,35). “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc 1,38a).
Portanto, como vimos acima, a experiência de Deus é uma necessidade da alma humana para atingir o cume da perfeição e da glória eterna que o Senhor reserva para aqueles que o amam e que o servem neste mundo. E essa experiência se dá pela ação do Espírito Santo em nossas almas a princípio quando do nosso batismo, como disse Jesus: “Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito”. (Jo 3,5-6). Ou ainda: “Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.” (Jo 1,12).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
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“É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam”. (1Cor 2,9).
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