Raiva, Ira ou Ódio?

Às vezes algumas pessoas fazem uma pequena confusão com esses três sentimentos, mas isso é muito normal; eis aqui uma forma simples de diferenciar cada um deles:

Raiva: De todos os três é o menos violento numa escala de periculosidade (mesmo assim é muito perigoso) poderia ser o nível um. Uma pessoa pode ficar com raiva porque se machucou ao chutar uma pedra, porque não conseguiu algo que queria, porque alguém a ofendeu etc...

Geralmente a Raiva por si só não tem poder para atingir outra pessoa nem é capaz de fazer com que quem a sente o faça, é apenas um sentimento passageiro, mas é uma porta que leva aos outros. O perigo é quando pessoas permitem que esse sentimento evolua.

Ira: Aqui já não estamos falando de algo tão inofensivo quanto a raiva. A ira e a evolução natural do primeiro e a grande diferença entre um e outro é que a ira fomenta uma reação imediata e por vezes desmedida. O clássico “bateu, levou”. Ou seja, uma pessoa que foi ofendida vai querer tirar satisfações com quem a ofendeu, aquele que chutou a pedra vai arremessar a mesma o mais longe que conseguir, e, o que não alcançou seu objetivo pode culpar alguém pelo fracasso e transformar essa pessoa em um alvo de sua reação.

Porém a ira tem duração curta embora seja muito intensa e perigosa; é uma reação violenta a algo que nos atingiu de alguma forma. E assim como a raiva, ela também evolui se não for controlada e expurgada.

Ódio: O pior dos três em termos de periculosidade, porque no ódio assim como na ira há a vontade de revide por qualquer motivo (nem sempre justo), mas diferente do anterior o ódio não tem vida curta, pelo contrário, ele é alimentado pelo tempo, ou seja, quanto mais tempo se passa, mais o ódio aumenta e como se não bastasse esse veneno correndo nas veias da pessoa, ele ainda fomenta não só reações de agressividade, mas também toda gama de maldades que uma pessoa é capaz de fazer.

O ódio não reconhece limites e é exatamente isso que o torna tão perigoso. Além disso ele cega as pessoas e as torna escravas. A pessoa passa a viver em função do ódio que sente.

Em linhas gerais é basicamente essa a diferença entre os três, mas fica o alerta. Alguém que não controla a sua raiva pode algum dia chegar até ao ódio, por isso o melhor é pedir a Deus que dê entendimento para identificar e combater esse monstro quando ele ainda é um filhote.

Texto retirado do meu blog:

http://pergaminhoseventuais.blogspot.com

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Luiz Cézar da Silva
Enviado por Luiz Cézar da Silva em 31/07/2011
Código do texto: T3130502
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