DESPERTA TU QUE DORMES!

O Sono é um estado da alma em que ela pode ficar como quem está morto, se ela não anda plenamente em espírito. Nesse estado, quem dorme é como se não existisse. Aliás, muitos são os que dormem assim. Esses raramente sonham. E, quando o fazem, são sonhos que mais parecem pesadelo.

Diz-nos o Espírito pelo apóstolo Pauto que nós não devemos dormir como os demais. Mas que devemos ser vigilantes.

Quando alguém dorme preocupado com segurança, fica com os sentidos como que de prontidão, para agir tão logo perceba ameaça da integridade física ou material sua ou daqueles por quem vela.

Por isso que se diz que está dormindo aquele que está desapercebido, desatento, displicente. E aquele que é apanhado por adversidade, nesse estado, fica sem capacidade de reação, acabando por se tornar uma vítima do que chamam de circunstâncias.

Então não é bom que se viva assim, como quem está dormindo, ou seja, desatento. Mas a que devemos está atentos? Seria a intempérie do tempo? Atentos a possibilidade de vulcão, furacão, maremoto, raios, tempestades?

Já que vivemos num mundo cada vez mais suscetível a tais ocorrências, é necessário que se esteja apercebido para isso, também, buscando nos prevenir. Entretanto é possível não só escapar de todas essas adversidades, como também escapar de outras bem mais sutis e que são igualmente perigosas.

No trabalho que intitulamos ‘Viva seguro”, já falamos sobre a proteção que podemos ter se cumprirmos as normas determinadas por Deus para os seus filhos. Mas há quem queira pensar que Deus nos guarda independentemente da nossa participação nisso. Não se deve pensar assim. Pois, para que possamos viver seguros é que Deus nos tem deixado preceitos que devemos cumprir. Caso nós não o conheçamos podemos ficar tão vulneráveis quanto uma criança citadina em ambiente muito diferente daquele em que ela está acostumada, como uma floresta tropical. Por isso é que muitos embora digam que possuam muita fé em Deus, sofrem determinadas adversidades. Pois, como diz uma escritura, o inimigo das nossas almas vive bramando como leão buscando a quem possa tragar.

Nesse caso é ele quem causa essas adversidades. E não nos admiramos disso, pois outra escritura diz que ele é quem não deixa o seu povo ir em paz para os seus lares, e os atormenta com toda sorte de praga incessante.

Bem, Deus já preparou o que nos pode livrar do inimigo. É a couraça da justiça; o capacete da salvação, as botas do evangelho da paz; e o escudo da fé. Mas se faz mister que saibamos o que cada parte dessa significa, a fim de nos apoderarmos delas, garantindo assim a nossa segurança. E como já discorremos sobre isso em outra obra, recomendamos leitura do trabalho que codificamos com o nome de “A Armadura de Deus”.

Como vivemos em terra estranha, na qual somos forasteiros e peregrinos, estamos sujeitos a constantes ataques dos nossos inimigos, os maus espíritos, que nos vigiam noite e dia, buscando não só ocasião contra nós, como razões para nos acusar diante do Pai. Se a acusação for justa podemos sofrer disciplina, pois que Deus não pode justificar a injustiça.

Sendo a injustiça transgressão dos mandamentos de Deus, já que estes são a justiça de Deus, caso isso ocorra ficamos com a guarda aberta, que em linguagem espiritual se chama de “abrir brechas”, por onde o nosso adversário nos pode atingir.

E quando somos concitados a vigiarmos, ficando despertos, é porque não sabemos como ele pode vir. E isso é preocupante. Pois os rostos mais sorridentes e de aparente inocência pode ocultar um adversário. Por isso disse Jesus: ‘Cuidado com aqueles que vem a vós vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores’.

Isso não quer dizer que devamos estar sempre de prevenção, mas sempre de prontidão. Ou seja, não devemos ver em todos um inimigo, mas devemos estar atentos, pois que ele pode usar a qualquer dos seus que em nossa volta estiver para o fim que ele tem em vista. E como nem sempre sabemos quais os dele, é melhor que estejamos vigilantes!