INSUBORDINAÇÃO

Que leva o servo a não se submeter ao seu Senhor e exigir deste mudança de proceder para lhe satisfazer os desejos e/ou ambição? Só uma resposta eu encontro para essa pergunta: Não conhecer o seu Senhor.

Quando o servo não conhece ao seu Senhor pode duvidar da sua intenção e vir a ser privado da bênção que lhe estava prevista.

Deus nos chama de servos e tem um propósito para nós. Mas Ele, como lhe é próprio, não nos força. Antes Ele busca meios de nos convencer a fazer aquilo que Ele tem proposto, nos fazendo entender as razões e os benefícios.

As Escrituras estão repletas de ensinos onde Deus nos ensina a sermos pacientes na tribulação, submissos uns aos outros, subordinados, longânimes, perdoador, etc. Mas nestes dias a palavra de ordem que temos ouvido é: eu não aceito, eu não estou satisfeito. Até existe uma expressão de intercessão e que é lema de campanha entre evangélicos: eu não aceito as afrontas de Senaqueribe. Isso fazendo paralelo entre a situação atual de opressão a que estão sujeitos e a intenção do rei Senaqueribe em humilhar ao povo de Israel ao tempo do rei Ezequias.

É interessante que o homem chamado de amigo de Deus foi submetido por este a situações vexatórias, qual seja de ter em duas ocasiões tomada a sua mulher por dois reis que a cobiçaram e a tomaram para si. Falamos de Abraão.

Outrossim, esse mesmo homem teve que buscar refúgio sob a mão de Faraó, rei do Egito, devido a fome que sobreveio ao lugar em que morava.

Quando Israel peregrinava no Egito, houve tempo em que ele foi oprimido por um Faraó, e então clamou a Deus que lhe ouviu e enviou um libertador, Moisés. Mas se não houvesse a pressão, eles jamais teriam clamado a Deus. Apesar de tudo, depois de libertos, ainda assim murmuraram e preferiram o Egito a ter de passar os percalços que lhe sobreveio.

Existe uma corrente atual, facção de Israel, que não aceita o sofrimento, não quer a tribulação, nem abre mão das riquezas do Egito. Não se satisfazem com o pão, a água e o vestuário, mas querem as riquezas terrenas. E isso acontece por causa daquilo que fala Pedro: Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais deixando o caminho direito reto, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. II Pe. 2:14 e 15.

Parte do povo de Israel quando no deserto, cobiçou comer carne, e Deus lhe satisfez o desejo dos seus corações, mas puniu-os por isso. Sl. 106:14 e 15 e Nm. 11:4-33.

Hoje essa facção recebe promessa de liberdade pelos seus lideres, mas se tornam presos das suas ganâncias, às quais são induzidos e com as quais são engodados.

Diz Pedro, ainda: Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções aqueles que estavam se afastando dos que andam em erro; prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. II Pe. 2:18 e 19. E diz: Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento; para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. V. 17. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. V. 21.

Portanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. V. 20.

A promessa do Pai é: Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. Hb. 13:5.

Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem. I Pe. 4:19.