JUNTAI AS SOBRAS

Quando Jesus esteve neste mundo, Ele alimentou em mais de uma ocasião uma multidão de pessoas que o seguia.

Uma dessas ocorrências foi registrada por João evangelista, veja:

Depois disto partiu Jesus para a outra banda do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. E grande multidão o seguia; porque via os sinais que operava sobre os enfermos. E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos. E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha a Ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?

Mas dizia isto para o experimentar; porque Ele bem sabia o que havia de fazer. Felipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiro de pão lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco. E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos? E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se pois os homens em número de quase cinco mil. E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: “Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca”. Recolheram-nos pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Jo. 6:1-13.

É interessante observar que Jesus mandou: Que lhe trouxessem os pães, que os discípulos mandassem os homens se assentarem e que recolhessem as sobras. E queremos nos deter a considerar, particularmente, esta última ocorrência.

Não obstante Jesus ter manifestado o seu grande poder ao multiplicar o alimento, também deu um grande exemplo de economia e prudência, ainda que não nos tenha sido deixado o registro da razão pela qual mandou que juntasse as sobras.

O lugar era deserto, mas não faltou cestos nos quais recolheram o que sobrou.

Vivemos tempos difíceis, mas ainda de abundância. Nossa sociedade é consumista e desperdiçadora. Existe abundância e ao mesmo tempo escassez.

Enquanto alguns se fartam e pisam o que sobeja, outros sofrem fome, ainda que, muitas vezes, tenham com que se alimentar. Alguns comem demais e erradamente, outros, pouco, e, também, errado.

No passado o homem não bebia o mel, e sim comia. As Escrituras, a milhares de anos, já nos fala: "Come mel, meu filho, porque é bom, e o favo de mel, que é doce ao teu paladar." Pv. 24:13.

Muitos, ainda que não estejam fartos, pisam o favo de mel. E por quê? Por falta de sabedoria.

A Escritura manda comer o favo de mel. Mas por muitos anos os homens têm pisado o favo de mel, utilizando-o para encerrar fios para costurar sapatos.

Sabe-se que na cera de abelhas existe eficiente antibiótico, razão porque tem ela sido utilizada para proteger grãos nas dispensas dos campesinos, enquanto poderia estar prevenindo e curando enfermidades da humanidade.

Não obstante as dificuldades atuais e os esforços de alguns na transmissão de instruções para o aproveitamento de alimento, temos certeza de que a quantidade do que se perde por falta de prudência, diligência e discernimento é considerável. Basta examinarmos os lixos doméstico para constatarmos isso.

Não dá para quantificar o que é destinado aos cães ou ainda a outros animais domésticos, além de ratos, e do que vai pelo ralo, esgotos e fossas. Temos certeza que não é pouco.

Mas isso vai acabar. E o que hoje é desperdiçado ainda virá a ser lamentado amanhã quando houver escassez.

Conclamamos o povo de Deus a reavaliar os seus comportamentos, e para que não haja como os demais povos, para que não venha a sofrer a devida disciplina por isso, vindo a chorar quando a “grande tribulação” brevemente chegar para purificar, acrisolar e provar.

Oli Prestes

Missionário