ENTENDES TU O QUE LÊS ?

ENTENDES TU O QUE LÊS?

E o anjo falou a Felipe, dizendo: Levanta-te, e vai para a banda do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza que está deserta. . . . E disse o Espírito a Felipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E correndo Felipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Felipe que subisse e com ele se assentasse. At. 8:26 e 30.

Na passagem acima encontramos, em poucas linhas, coisas proveitosas que nos servem, veja:

O Anjo do Senhor fala com Felipe e manda-o seguir a um viajante. Ele obedece! Corre para acompanhá-lo, já que este seguia de carro. O Espírito aguça-lhe o ouvido para ouvir o que o viajante lia. Um alto dignitário, oficial, superintendente da rainha Candance, dos Etíopes, mas um homem religioso: voltava de uma viagem destinada a adorar em Jerusalém. Em sua carruagem lia o livro do profeta Isaías. O Espírito, que penetra todas as coisas, sabendo das suas dúvidas, providencia para que alguém ajude-o. Usando Felipe, pergunta: entendes tu o que lês?

E o lugar da Escritura que lia era este:

“Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra”. At. 8:32 e 33.

Consideremos: alto oficial com dificuldades para entender algo que parece simples. O texto está na terceira pessoa do singular, e usa os pronomes de tratamento seu, sua, correspondentes a terceira pessoa do singular, se referindo, portanto, a alguém que não a pessoa que escreve. Mas ainda assim aos olhos daquele dignitário havia um véu e precisava ser removido, o que fora feito por providência divina, mas com a colaboração do humano.

Mas o que nos parece mister enfocar, é sobre um fato pouco valorizado por alguns, nada obstante o seu inestimável valor: primeiro pela providência divina em inspirá-lo ao homem, segundo devido a providência divina em providenciar nele o registro da sua vontade para que o homem possa analisá-lo. Me refiro aos livros.

A ciência, na sua especulação, cogita que o homem passou por vários estágios até chegar ao que se encontra, atualmente dominando os meio ultra modernos de comunicação. Ela especula que o homem se comunicou com: fumaça, tambores, gravuras, etc., afirmando que ele não sabia falar ao início da sua aparição na terra. Contestamos isso com base nas Escrituras, nada obstante sabermos que o homem ao se distanciar de seu criador se embruteceu a ponto de perder toda a sua capacidade outróra outorgada por ele, ainda que não todos.

Ainda hoje duvidam alguns homens de ciência que o homem já soubesse ler e escrever ao tempo da saída do povo de Israel do Egito, fato esse que as escavações arqueológicas contradizem.

Podemos afirmar que o uso de livros está bem de acordo com a vontade de Deus, e é modelo do que existe no céu, já que as Escrituras afirmam que há livros nos céus, onde são registradas as ações praticadas pelos homens, bem como um livro que registra os predestinados a vida eterna.

Num dos livros mais antigos das Escrituras (o livro de Jó), já temos menção a um livro. Por divina instrução Moisés, nas leis dadas ao povo de Israel, diz que o rei deveria ter uma cópia das leis, transcritas num livro, para lê-las todos os dias da sua vida, para aprender a temer ao Senhor seu Deus a fim de guardar todas as palavras daquela lei. Dt. 17:18 a 20.

A perfeição na confecção de um livro foi tarefa que demorou muitos séculos até chegar aos nossos dias. Foram usados couros curtidos, madeira, barro, etc. Como tudo tem o seu tempo, esses meios usou Deus naquele tempo para avisar o seu povo.

Hoje, apesar da abundância dos livros, esses tem sido desprezados. E aqueles que desprezam as sagradas escrituras não sabem que estão desprezando sabedoria. Justificam-se dizendo que o muito estudar é enfado da carne. Disse o Senhor, ou o seu anjo, ao visionário do Apocalipse: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia”. Ap. 1:11. Na visão, João viu os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. Ap. 20:12.

Só lendo as coisas do santo livro pode-se saber o que herdará cada um. Só examinando o santo livro saber-se-á as consequências de se acrescentar ou se tirar qualquer coisa escrita nesse livro.

Afinal, disse o anjo: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. Ap. 1:3.

Portanto, entendes tu o que lês?

Oli Prestes

Missionário