TRABALHO INCONSCIENTE

TRABALHO INCONSCIENTE

Alguns animais executam trabalhos que trazem proveito ao homem, mas que em nada os beneficiam imediatamente; talvez num futuro venha a servir a sua espécie. Para esses animais, o seu labor não lhe traz nenhum benefício e sim ao ser humano, ainda que este também não considere o benefício e o seu agente laborador. É o caso dos morcegos frutífugos. Enquanto se alimentam, carregam frutos e sementes que lhes escapam e acabam por semear e disseminar árvores frutíferas favoráveis a espécie humana. Também a cutia e os esquilos, na intenção de guardar sementes, enterram algumas, as quais são esquecidas no solo e que resultam em disseminação de árvores proveitosas aos que delas se servem. E assim como esses, outros animais laboram em beneficio de outros seres vivos como o ser humano.

Semelhantemente os seres ditos humanos trabalham em benefícios de causas que algumas vezes não são conscientes, mas que nem por isso deixam de servir a um fim muitas vezes nefasto.

Bem, os morcegos, cutias e esquilos, citados ao início, podem fazer o trabalho que fazem não intencionalmente, mas que nem por isso deixa de atingir um resultado proveitoso, e de ter um agente indutor, que pode ser o seu criador.

Por conseguinte, muitos seres ditos humanos estão sendo usados para realizar uma tarefa ou tarefas cujo objetivo não é consciente, mas que nem por isso deixa também de ser induzido para tal, tendo um indutor e articulador, e que tem como objetivo alterar comportamentos de outros, fazendo-os errar e pecar contra Deus. É o caso de pessoas que comerciam certos produtos e mercadorias. Uns vendem bebidas alcoólicas; outros, fumo; outros, drogas; outros, CDs e DVDs, etc. E pensam que trabalham para angariarem o que dizem ser o pão-nosso de cada dia, mas estão disseminando heresias, formando opiniões, e alargando as portas do inferno.

Alguns seres vivos também disseminam doenças, micróbios, pestes, ainda que não intencionalmente, já que privados de raciocínio. Mas o homem, ser criado por Deus com capacidade de cognição (pensamento), ainda que o faça sem intenção, nem por isso deixa de ficar culpado, pois Deus não o criou como autômato. E o serviço que nesse aspecto alguém presta, serve aos objetivos de outro alguém que é inimigo do homem, e que quer destruí-lo ou induzi-lo a errar a fim de que fique culpado diante de Deus.

Houve pessoas que fizeram descobertas consideradas de grande importância para o homem, mas cujas descobertas também foram usadas para fins não altruístas e até mortal. É o caso da radiatividade. Apesar de ela ter trazido benefícios ao ser humano, e já ter prolongado a vida de muitos, também foi usada para fins de extermínio dele.

Eu não posso afirmar que a tal descoberta teve um articulador na fase de pesquisa e descoberta, mas, para o extermínio, eu não posso deixar de cogitar que sim. Nesse caso o labor teve um objetivo consciente, o que torna o seu executor duplamente culpado. Assim como culpado todos os que tem lançado mão do artifício como meio de extermínio, seja fazendo, seja autorizando o seu uso para esse fim. Assim, o trabalho que alguém realiza pode ser honesto, mas a sua finalidade desonesta.

Mas eu fico estupefado em saber e ver que alguns desses trabalhos estão sendo feitos por muitos daqueles que se dizem servos de Deus. É o caso de comerciantes que se dizem crentes e vendem bebidas alcoólicas, CDs e DVDs, os quais disseminam concupiscências e perversões sexuais. Será que são inocentes? Quem está por detrás deles? Acaso não estão sendo manipulados? Se o fazem ignorantemente ou sem consciência, então não são vasos de Deus, mas do capeta. E nesse caso prestam um serviço a ele.

Mesmo alguns que pretendem divulgar a doutrina de salvação, estão mesmo é disseminando o elixir da morte. Pois anunciam um evangelho espúrio, e usam sofismas como argumento das suas crendices e superstição.

Não se deixe manipular. Santifique-se a fim de ser vaso santo, pronto para toda boa obra. Caso contrário, você pode ser usado para um fim ilícito, mesmo inconscientemente, mas nem por isso sem culpa.

Oli Prestes

Missionário