Lei de Causa e Efeito
Acredito que grande maioria dos jovens de hoje nunca ouviu falar das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, mas seus pais e, principalmente avós, sabem que estou me referindo a um dos maiores exemplos de pujança industrial brasileira, cujo nome extrapolou nossas fronteiras, numa época em que não existia a economia global como hoje. Muitos poderão perguntar: O que aconteceu então com elas? Por acaso foram vendidas a um poderoso grupo estrangeiro? Fundiram-se com outra empresa nacional? Mudaram de nome? Desmembraram-se em várias outras empresas? Encerraram suas atividades ou faliram? Daí eu respondo: _Nada disso aconteceu porque elas simplesmente se desintegraram como castelos de areia, ou seja, em dado momento começaram a se desmanchar como se estivessem sob o ataque de cupins arrasadores, até sumirem, desaparecerem ingloriamente, graças à administração desastrosa dos descendentes do “grande” Chiquinho, que partindo de uma condição humilde conseguiu chegar na formação de um verdadeiro império industrial, como resultado de um trabalho fanático, colocado como único objetivo de vida.
A Lei de Causa e Efeito é divina, absoluta, imutável e infalível, portanto nada a fazer quanto a ela, a não ser procurarmos entendê-la e a agirmos de acordo com os seus preceitos, se quisermos lograr êxito em nossas empreitadas. No momento em que empregarmos dinheiro sujo em qualquer atividade, ou sonegarmos impostos, ou viermos a prejudicar alguém, isto, infalivelmente, vai sendo registrado no mundo espiritual até chegado o momento da cobrança divina, que será na mesma proporção do tamanho da dívida – nada ou ninguém poderá mudar isso - não adianta construirmos um palácio em cima de areia movediça. O engraçado é que muita gente continua achando que pode auferir grandes vantagens em seus negócios, simplesmente comprando cargas roubadas, corrompendo fiscais de renda, trabalhando com mercadorias contrabandeadas etc. – só rindo mesmo – é muita ignorância e burrice juntas, cuja consequência sempre será a bancarrota definitiva para si e seus descendentes, sem chance de apelação.
O que está acontecendo com o Planeta é um exemplo vivo de tudo isso, pois a desarmonia ecológica que estamos enfrentando não é apenas o resultado da ação predatória do ser humano, por milhares de anos, ou seja, existe uma causa que, por ser de caráter negativo e invisível, está provocando um efeito devastador, porque assim é a Lei, e ponto final. O que me causa espécie é que já existe uma certa consciência dessa verdade, porém o homem continua agindo da mesma forma, como se nada estivesse acontecendo, muitas vezes se limitando apenas a lamentar os fatos, a pregar mudanças para os “outros” e a pedir proteção aos deuses e padroeiros de plantão.
Muitos acham que estejam sofrendo injustamente ou que algo esteja errado com o desenrolar das suas vidas, somente porque têm a certeza de que nada cometeram para merecerem tais “castigos”; ora, esse pensamento já é uma heresia sem tamanho, porque está negando a justiça divina ou o seu poder de atuação. Outro ponto negativo dessa atitude está no desconhecimento ou então, o que é pior, na descrença teimosa sobre a existência essencial do espírito e do princípio da reencarnação como sendo verdades absolutas, portanto não cedendo o direito a qualquer tipo de justificativas, mesmo porque elas seriam estreitas ou restritas, já que a base dessa contestação estaria automaticamente corroída, principalmente por ter origem em crenças religiosas ultrapassadas.
Nada acontece por acaso, porque existe um comando maior que faz por cumprir todas as leis divinas, assim como a Lei de Causa e Efeito. Não existe efeito sem causa, e toda causa negativa produz efeito semelhante, da mesma forma com as causas positivas, e isso atravessa várias encarnações e gerações, sem que haja o mínimo erro. O que estiver registrado em nossos corpos espirituais, seja por ações próprias ou herdadas de ancestrais, irá se manifestar para nós ou para nossos descendentes, infalivelmente – lembrem-se do inexplicável, improvável e imponderável acontecido com as Indústrias Matarazzo, com a Sears, a Mesbla, o Mappin, a Panair, a Vasp e com poderosos “barões” e “coronéis” do passado.