Sobre os elos espirituais
Todos sabem que elo é sinônimo de ligação, portanto é fácil compreender o que significa elo espiritual, ou seja, só pode se tratar de uma forma de ligação entre espíritos ou corpos espirituais, que, pela própria circunstância, são invisíveis aos olhos dos seres humanos. Qual a influência desses elos na vivência do homem? Qual seria a razão de darmos importância a esse tema? Como lidar com isso?
Em primeiro lugar, temos de criar a plena consciência de que todo ser humano vivo neste Planeta é uma entidade composta por dois corpos distintos: o corpo espiritual, que é a individualidade eterna, enquanto permitida por Deus, e o corpo físico, que é a personalidade humana, perecível pelo tempo, cuja função é a de servir de instrumento de evolução espiritual, através da vivência e do aprendizado, por força dos sofrimentos, das alegrias, da sede de saber, e também do polimento mútuo entre os homens, através de entendimentos e desentendimentos, sejam eles com familiares, amigos, desafetos, vizinhos, colegas etc.. É certo que a ligação nossa com nossos pais, e assim com os avôs, bisavôs, trisavôs etc., seguem por milhares de antepassados, que nos vão transferindo características mil, comprovadas cientificamente, através dos exames de DNA, o que prova haver um liame bem definido entre todos nós, de forma inquebrantável e explicável somente por meio da ciência espiritualista, pois são elos invisíveis, por onde correm movimentos energéticos poderosos, que influenciam os comportamentos familiares, tanto de ancestrais como de descendentes.
Por outro lado, existem elos espirituais que são criados durante o transcorrer da nossa vida, seja na atual ou nas anteriores, como, por exemplo: entre marido e mulher, adversários, credores ou devedores, irmãos de fé, e por aí vai, que podem permanecer por diversas encarnações, ou então virem a se romper em determinado momento, sempre conforme as diretrizes da Lei de Causa e Efeito, da Lei da Concordância e da Lei da Harmonia. O importante é entender que são essas ligações que sustentam o nosso viver, porque é essa troca infinita de energias que definem nossa individualidade, principalmente quando valorizamos o elo com o Supremo, ou então quando escolhemos passar a cultivar o elo com as forças negativas - vejam que esse é o nosso livre arbítrio, que nos abrirá as portas para a felicidade ou então para a nossa irrevogável “morte” espiritual, por falta de forças vibratórias à altura de um ambiente paradisíaco. Assim o Universo foi criado e assim ele é comandado, dentro das leis cósmicas, sem o mínimo desvio, portanto cabe a cada um de nós decidirmos o que queremos para a nossa linhagem, principalmente no que concerne aos nossos descendentes. Seria bom nos conscientizarmos de uma vez por todas que, embora ainda haja tempo, ele está se tornando cada vez mais escasso, haja vista os “sinais” que nos estão sendo enviados pelos acontecimentos cada vez mais desastrosos. _O pior cego é aquele que não quer ver!
Aquele que tenha posição de chefia ou liderança, especialmente se for um governante, possui uma quantidade muito grande de elos espirituais, como fios condutores de união com os seus comandados, por essa razão que, muitas vezes, multidões elevam um populista aos píncaros da idolatria, até o momento em que o próprio ídolo ”mostra a sua cara”, e assim passa a ser execrado pelos mesmos idólatras – assim foi com Hitler, Mussolini, Stalin, Idi Amin, Saddan Hussein etc., demonstrando que a força das energias transmitidas pelos elos espirituais, ao mesmo tempo em que pode construir uma personalidade admirada, também consegue destruí-la definitivamente, pela mudança de sentimentos de adoração pra frustração e ódio. Como os sentimentos de amor e de ódio são vibrações espirituais, quanto maior for a quantidade de elos que tenhamos, maior será a força que irá nos atingir, e como o espírito precede a matéria, tudo irá transparecer, sempre, a qualquer momento.
Vamos nos lembrar das palavras do Grande Mestre Mokiti Okada: ”Sempre afirmei e continuarei afirmando que quem deseja ser feliz deve primeiramente tornar feliz seu semelhante, pois a divina recompensa que disto provém lhe dará a verdadeira felicidade”.