Bolsonaro espera reunir meio milhão de pessoas em ato no domingo /ᐠ。‿。ᐟ\
Em confronto direto com o Supremo Tribunal Federal, Jair Bolsonaro (PL) aposta na força das ruas para tentar reverter sua inelegibilidade e disputar a eleição de 2026. Neste domingo (16/3), ele espera reunir uma multidão - 500 mil apoiadores - na orla de Copacabana, transformando o evento em um gesto de resistência e um recado claro ao Congresso: a anistia é essencial para sua sobrevivência política.
A sociedade, no entanto, segue dividida. Uma pesquisa recente aponta que 52%, a maioria dos brasileiros rejeitam qualquer tipo de anistia para Bolsonaro e seus aliados, enquanto 39% o enxergam como vítima de perseguição. Para uns, ele é alvo de ataques injustos. Para outros, representa uma ameaça verdadeira ameaça ao sistema democrático.
As investigações contra o ex-presidente são robustas. São candentes. Ele é apontado como participante em uma suposta tentativa de golpe de Estado, agravando ainda mais sua situação no âmbito jurídico.
Mesmo assim, ele segue mobilizando seus apoiadores. Em um vídeo recente, afirmou: “Vamos enviar uma mensagem ao Brasil e ao mundo. Quem deve decidir nosso futuro é o povo.” Para seus seguidores, isso é uma reação a supostos abusos do Judiciário. Para seus adversários, uma manobra para desviar o foco das acusações.
Se não conseguir reverter sua inelegibilidade, Bolsonaro já tem outro plano: lançar seu filho Eduardo Bolsonaro (PL) à Presidência. A estratégia busca manter sua influência dentro da extrema-direita e impedir que novas lideranças ocupem esse espaço. Para críticos, isso revela uma fragilidade política. Para aliados, garante a continuidade de seu projeto.
O encontro reuniu apoiadores políticos do ex-presidente, incluindo os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Também estiveram presentes o pastor Silas Malafaia, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, além dos filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (PL) e Flávio Bolsonaro (PL).
O ato deste domingo será crucial. Se conseguir mobilizar um grande público, Bolsonaro poderá aumentar sua pressão sobre o Congresso e recuperar fôlego político. Para seus apoiadores, será uma demonstração de que o povo ainda está ao seu lado. Para os críticos, representará mais um desafio às instituições. No entanto, com apenas 18 mil presentes, a baixa adesão pode enfraquecer sua estratégia, abrindo espaço para o surgimento de novas lideranças no cenário político.
Bolsonaro enfrenta um dilema: se diz defensor da democracia, mas lida com acusações de agir contra ela. Além disso, ainda precisa responder sobre sua gestão na pandemia, denúncias de corrupção e o escândalo das joias. Seus apoiadores enxergam perseguição. Seus opositores veem sinais de um projeto autoritário.
Pois bem, o futuro político de Bolsonaro segue incerto e dependerá de como essa narrativa se desenrola. Para alguns, ele é a última trincheira contra um sistema corrompido. Para outros, um risco para o Estado de Direito. O que é certo é que sua situação jurídica é delicada, mas sua capacidade de mobilização continua firme. Pergunta: será que essa estratégia vai dar certo? Será que ele não será preso? Leitor, o que você acha?
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