Ensino de Filosofia e assemelhados
Contou-me um passarinho que o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas - o Tarcisão do Asfalto, nosso velho conhecido - reduziu a carga horária de aulas de Filosofia e assemelhados e aumentou a de Matemática e a de Língua Portuguesa. E desceram o sarrafo no lombo do Ministro Tarcísio. Se estou em erro, que alguém me corrija. E mesmo que eu esteja em erro, o erro não me impede de pensar no que segue nas linhas, poucas, abaixo:
O governador de São Paulo está a proibir alguém, quem que que seja, de estudar, e por conta própria, Filosofia e assemelhados? Ele está a punir quem vai à biblioteca, qualquer uma delas, da prateleira tira um livro de Filosofia, ou de um tema assemelhado, e põe-se a lê-lo? Ele mandou removerem das bibliotecas públicas, das escolas (de escolas públicas e das escolas privadas) e das livrarias os livros de Filosofia e assemelhados? Ele está a proibir quem quer aprender Filosofia e assemelhados de aprendê-los com quem pode ensinar-lhos? Ele está a proibir quem sabe Filosofia e assemelhados de ensiná-los a quem deseja aprendê-los? Para todas as perguntas acima há uma, e apenas uma, resposta: Não. No dia em que o governador Tarcísio, ou qualquer outra pessoa, proibir alguém de aprender o que deseja aprender, de estudar o que deseja estudar, de ensinar o que deseja ensinar, então, aí, sim, teremos com o que nos preocupar. Além do que, e sem querer me estender: Quem quer aprender Filosofia e assemelhados estuda-os, procura pelos livros de Filosofia e de temas assemelhados, compra-os, e os lê, e os estuda, só, e desacompanhado, ou recorre a quem os sabe, e com quem sabe estuda-os. Percebe-se, no entanto, todavia, porém, que muita gente tem uma idéia equivocada na cabeça: só se estuda o que se ensina na escola, quando estuda