Redes sociais e praças

Em uma praça uma pessoa solta uma asneira das grandes, daquelas de envergonhar o Tinhoso. Em outra praça uma outra pessoa diz algo ainda pior. E porque as pessoas nas praças dizem asneiras aos punhados, alguém em sã consciência há de exigir que se ponha nas praças fiscalizadores - a mando de governos ou de empresas, não vem ao caso - do teor do que nelas as pessoas dizem? Não. Mas há quem queira, sabe-se. O mesmo vale para as redes sociais, que nada mais são do que praças, praças virtuais. Mas, então, conclui-se que nas redes sociais tudo o que se diz é aceitável? Não. Do mesmo que não se aceita tudo o que se diz nas praças.

Numa certa praça, uma pessoa, livre para dizer o que lhe dá na telha, ao dizer uma bobagem indefensável pode ser confrontada por qualquer outra pessoa, que dela às outras pessoas expõe a bobagem dita. A mesma idéia vale para as redes sociais.

É óbvio que, tanto nas praças, quanto nas redes sociais, não podem as pessoas fazerem apologia de crimes. Incentivar estupros, roubos, assassinatos, tráfico de quaisquer coisas, etecétera e tal, jamais. E quem o faz que seja severamente punido.

O que se vê em toda a celeuma envolvendo as redes sociais é um confronto entre as pessoas que amam a liberdade e as que a odeiam, e estas usam dos expedientes os mais reprováveis, alegando, sempre, porque, dizem, amam a tal democracia, que estão a defender o bem coletivo, o fim dos preconceitos, para fazerem valer o que almejam, o fim da liberdade.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 23/01/2025
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