PIAS, PRIVADAS E A POLÍTICA DA DIREITA ESCATOLÓGICA
A posse de prefeitos e vereadores eleitos no pleito (ou será no peido) de 2024 tem ocupado as mídias, neste início de 2025, com disputas insanas por banheiro, vaso sanitário, pia, bica e ducha íntima.
As velhas brigas intestinas foram levadas ao patamar escatológico.
"O vaso sanitário é meu", diz ex-vereadora paulistana, que arrancou a louça do banheiro do gabinete parlamentar da câmara de vereadores, por não ter sido reeleita, alegando que o efluente foi comprado por ela.
Noutras freguesias, um ex-prefeito arranca tudo que pode, das dependências da prefeitura, deixando o paço municipal em situação mais degradante que um chiqueiro abandonado.
Nada diferente ocorre no congresso nacional, em recesso parlamentar, onde a maioria dos parlamentares se preocupam tão somente com fundo partidário, verbas de gabinetes, orçamento secreto, e outras artimanhas, nada republicanas e desconectadas dos reais interesses nacionais e da maioria do Povo Brasileiro.
No patrimonialismo das pias, as bicas são utilitárias e os vasos só saneiam os interesses de seus intestinos e órgãos excretores oportunistas, afinal se são baluartes do Estado Privado, por que não privatizar as privadas?
A direita, conservadora, escravocrata, golpista, latifundiária, oligárquica, especuladora e rentista, que insiste em manter o Brasil no atraso, é miliciana e religiosamente escatológica, pois reza pelo apocalipse, enquanto afana até a última peça do patrimônio público deste país.