O Excesso do Ativismo na Sociedade: Um Olhar Crítico.
Nas últimas décadas, o ativismo tem desempenhado um papel crucial em transformar sociedades, promovendo igualdade, sustentabilidade e direitos fundamentais. Contudo, em algumas situações, o ativismo ultrapassa limites, gerando consequências negativas, como polarização, desinformação e enfraquecimento do diálogo. Esse excesso pode ser observado quando movimentos abandonam a racionalidade e passam a impor suas agendas de forma intransigente.
Um exemplo está no uso das redes sociais como arenas de debates acalorados, onde o ativismo muitas vezes se confunde com linchamentos virtuais. A simplificação de questões complexas em slogans ou hashtags pode alimentar desinformação e alienar aqueles que poderiam ser aliados. Além disso, o excesso pode distorcer prioridades, desviando recursos e atenção de questões mais urgentes para causas menos relevantes ou simbólicas.
O ativismo exagerado também ameaça o diálogo democrático, pois ao se fechar ao contraditório, reforça bolhas ideológicas e gera resistências. Movimentos que se tornam dogmáticos deixam de ser instrumentos de mudança para se tornarem barreiras ao entendimento coletivo.
Para que o ativismo seja eficaz, é essencial equilibrar paixão com ponderação, promovendo causas com base em dados, diálogo e respeito às diferenças. A sociedade precisa de movimentos que unam, não que dividam; que proponham soluções concretas, e não apenas críticas incessantes. O progresso surge do debate construtivo e da ação sensata, não do extremismo.