O Indiciamento de Bolsonaro
Não é novidade para ninguém que a democracia é um dos pilares fundamentais do Estado de Direito, e sua manutenção depende da integridade dos processos eleitorais.
Infelizmente, no Brasil, a prática de crimes eleitorais tem sido um problema persistente, uma vez que ameaça a transparência e a lisura das eleições e coloca em risco a democracia e o Estado de Direito.
Nesse contexto, é fato que há indícios fortes de que o ex-presidente Jair Bolsonaro possa ter cometido diversos crimes eleitorais, tais como o uso indevido de recursos públicos para benefício próprio durante o período eleitoral e a difamação do sistema eleitoral brasileiro perante embaixadores estrangeiros.
Além disso, há suspeitas de que órgãos do Estado, como a Polícia Rodoviária Federal, possam ter sido aparelhados e usados de forma imprópria para fins eleitorais e pessoais.
Recentemente, Bolsonaro foi formalmente indiciado por sua conduta, o que reforça as preocupações sobre sua atuação durante e após seu governo.
Esse indiciamento contém evidências suficientes para que ele responda por suas ações perante a Justiça.
Por outro lado, Bolsonaro precisa explicar sua negligência contra o morticínio de yanomamis, bem como as 700 mil mortes pela covid-19.
E mais: o ataque das milícias digitais durante o período eleitoral e os atos antidemocráticos (8/1), em Brasília, assim como o escândalo absurdo das joias.
Portanto, essas condutas representam um grave risco para a democracia e o Estado de Direito, uma vez que violam as regras eleitorais e minam a confiança do povo brasileiro nas instituições democráticas.
Para quem discorda, lembro os constantes ataques ao sistema eleitoral, que, como é sabido, funciona.
Não à toa, Bolsonaro foi eleito deputado federal por cerca de três décadas.
Diante disso tudo, é fundamental que as autoridades competentes atuem com firmeza para investigar e punir quaisquer irregularidades cometidas pelo ex-presidente e que se aplique a lei.
Por fim, a justiça tem de ser igual para todos e não beneficiar a minoria privilegiada, que é o caso de Bolsonaro.