NAS DEMOCRACIAS O PODER EMANA DO POVO
Os experts, em assuntos militares, não falam que as forças armadas e as polícias militares, no Brasil, são subordinadas ao "Poder do Capital", que é civil e emana da Alta burguesia, o mercado, a Faria Lima.
No período colonial se subordinavam às Cortes Portuguesas.
A partir da independência aristocrática do Brasil, os militares passaram a se subordinar às Cortes Brasileiras, que eram representações político-econômicas das oligarquias latifundiárias.
Com o golpe da proclamação da República, as Forças Armadas, sobretudo, o Exército Brasileiro, apesar do protagonismo golpista, seguiram se subordinando ao latifúndio.
No Golpe do Estado Novo, com participação militar, Getúlio Vargas descola as forças armadas do latifúndio, uma novidade no Brasil, contudo, realinha a caserna às novas forças econômicas emergentes, como as industriais e financistas, além de dar um contorno palaciano à polícia militar do Distrito Federal.
Esse realinhamento possibilitou a Getúlio Vargas fazer algumas reformas de base e dar fim a República Velha das Oligarquias, melhorar as relações trabalhistas e trazer o povo para sua Agenda Populista, que lhe possibilitou uma Ditadura Clientelista de 15 anos, entre 1930-1945.
Encilhado, pelo poder econômico, pelos desdobramentos do fim da segunda guerra mundial, pela ascensão da democracia burguesa, e a dualidade global pós-guerra, entre Capitalismo e Comunismo, embora mantendo popularidade, Getúlio Vargas renuncia à presidência da República, em 29 de outubro de 1945, ao fim de um governo que durou década e meia, com participação ativa dos militares, sempre com financiamento civil do Poder Econômico da Burguesia.
Cinco anos depois de sua queda, em 1950, Getúlio Vargas ressurgiria como candidato presidencial e seria eleito presidente da república “nos braços do povo”.
Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se "suicidou".
A partir da morte de Getúlio Vargas, o Brasil entra em períodos de turbulência, com suposta bonança, no governo de Juscelino Kubitschek, 31 de jan. de 1956 – 31 de jan. de 1961.
João (Jango) Goulart foi o 24º presidente do Brasil e seu governo estendeu-se de setembro de 1961 a abril de 1964.
Muito conhecido como Jango, o político gaúcho assumiu a presidência do Brasil após a renúncia de Jânio Quadros, de quem era vice-presidente, em um cenário de grande crise política.
Em 1⁰ de abril de 1964, as elites econômicas brasileiras, com orientação do capital internacional, derrubaram Jango Goulart da presidência do Brasil, num golpe militar-civil, onde as cúpulas das forças armadas, mais uma vez à serviços do mercado capitalista ocidental, EUA - União Europeia, assumiram o governo brasileiro atuando como 'Capitāes-de-Feitorias.
A ditadura civil-militar brasileira foi o regime instaurado no Brasil em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares, que na prática se subordinavam ao Poder Civil emanado das Elites Burguesas.
Fato, que poderia ter se repetido, desde o golpe civil de 2016, contudo a burguesia brasileira preferiu desta vez se utilizar do Poder Legislativo e do Poder Judiciário para afastarem a possibilidade de um avanço democrático-popular no decorrer do governo da Dilma Rousseff.
Creio, nessa breve análise opinativa, estar deixando claro que as forças militares armadas, Exercício, Marinha, Aeronáutica e PMs, distrital e estaduais, sempre agiram, e agem, subordinadas aos interesses emanados pelo Capital, o quê o bolsonarismo queria reeditar, a partir de 2019, intensificando na derrota eleitoral de 2022, com a intentona golpista, do dia 3 de janeiro de 2023, que tenta reeditar a tutela militar, sobre o governo do Estado Brasileiro, dessa vez "inovando", pela participação direta de milícias e do fundamentalismo religioso pseudo-cristão, com o fascismo extremo-direitista projetando a face oculta da burguesia e seu poder de dominação e exploração capitalista.
Luiz Inácio Lula da Silva tem sido uma liderança surpreendente, sobretudo, se comparado aos líderes latino-americanos, na maioria caudilhos, clientelistas, carreiristas, patrimonialistas, personalistas, populistas e utilitários, no que o faz obter êxitos, em dividir a burguesia brasileira, nos seus três governos de coalizão, por meio de uma ampla frente política que integra a Esquerda, Centro-Esquerda e Progressistas de Centro-Direita, isolando as forças burguesas reacionárias, para poder governar o Brasil.
Essas forças reacionárias tentam se reagrupar, desde 2019, no entorno do bolsonarismo, ao ponto de quererem assassinar Lula, junto com seu vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, felizmente sem sucesso na intentona golpista lesa-pátria.
Cabe agora, ao governo Lula III, avançar o Projeto de Reconstrução do Brasil, que isole o bolsonarismo e traga desenvolvimento sustentável para o Povo Brasileiro.
Luiz Inácio Lula da Silva é hoje um estadista-mor do Sul Global, a maior liderança contemporânea brasileira, e cabe a sociedade civil organizada ajudá-lo a avançar ainda mais na construção e desenvolvimento da nossa Nação, no presente, e projetar novas lideranças para o futuro, que nos conduzam no caminho da democracia popular socialista.
Leonel Brizola e Barack Obama estavam corretos, o "Sapo Barbudo" é "o Cara", deste século XXI.
Cabe ao Povo Brasileiro assumir o protagonismo na Nação, tomar para nós o Poder Civil, de onde de fato e de direito emana, e desenhar para as forças armadas o seu papel estratégico de defesa nacional, bem como o papel da polícia na segurança pública e seu caráter institucional integrado, unificado e civil, que nos garanta a defesa do Brasil, nossa segurança interna, e a certeza de que jamais haverão outros golpes de Estado na nossa sociedade.
Jair Messias Bolsonaro e Conspiradores Golpistas-Terroristas na Cadeia.
O Povo no Poder, Lula Livre, Vivo e Governando o Brasil.
Viva a Democracia Popular!