Sobre a problemática da narrativa do "feminicídio"
O mesmo do feminismo moderno
São todas as mulheres santas, sem defeitos??
Não.
Mesmo que exista uma desproporção masculina na prática de crimes, isso não significa que a proporção de mulheres de má índole nesse mundo seja minúscula. Infelizmente não é. Talvez seja menor que a de homens, especialmente em termos de comportamento violento. Mas existem maneiras não-diretamente violentas e mal intencionadas de agir, tal como de uma mulher acusar um homem por um crime que não cometeu e ser beneficiada pela narrativa atual em que sua palavra tem sido alçada à condição de pré evidência de culpa ou crime.
São todos os homens culpados até que se prove o contrário??
Evidentemente que não e isso deveria ser muito óbvio para quem se julga apto a lutar pela justiça... Além do benefício da dúvida, é sempre necessário buscar por evidências conclusivas para se chegar a um veredito e o que muitas feministas e apoiadores delas querem é que essa abordagem racional seja substituída pela confiança cega na palavra de uma mulher, claramente injusto, deixando implícito que se pensa que toda mulher está certa até que se prove o contrário.
Todo ato de violência praticado contra uma mulher é sempre injustificável??
Não. Justamente pela lógica muito básica anteriormente comentada, se existem mulheres que não tem boa índole ou agem de maneira leviana e mal intencionada em relação a outras mulheres e também com homens, é claro que existe a probabilidade de que suas ações resultem em reações violentas justificáveis.
Todo homicídio praticado contra uma mulher por um homem é feminicídio??
Não. Um homem matar uma mulher apenas por ser mulher é bem possível que exista. Mas, em contextos de conflitos conjugais, outros fatores tendem a ser mais relevantes, tal como o sentimento de posse do homem em relação à mulher e iminente perda, em caso de fim de relacionamento.
O que pode ser considerado uma constante relativa em casos de homens que matam mulheres é o impulso praticamente instintivo de homens tóxicos de as agredirem sabendo que tendem a ser mais frágeis fisicamente. Nesse caso, a covardia de ferir alguém mais fraco também deve ser levada em conta.
Nenhuma mulher é capaz de agredir física e/ou verbalmente um homem??
Não. Casos de mulheres que se aproveitam de homens e se tornam abusivas também existem e não duvido se não forem estatisticamente insignificantes.
E nada disso dito acima visa justificar a violência ou agressão injustificável. O que visa mesmo é fazê-lo sem "discriminação positiva", em que o contexto é tão ou mais importante que os elementos envolvidos e suas identidades. Eis aí o maior problema da política identitária "de esquerda" em relação à prática mais ideal ou genuína da justiça, de colocar identidades acima da própria identificação de injustiça e usando-as como o critério mais importante de julgamento.