Terrorismo – Perdão é a solução

Pelo espírito John Denver (1943-1997)¹

Nos tempos atuais, uma das maiores questões que aflige a humanidade é como dar fim ao terrorismo, esse câncer que corrói o tecido social. Infinitos debates são travados na tentativa de compreender e enfrentar esse inimigo sem rosto, sem pátria, sem endereço, que não tem amor nem à própria vida. O fanatismo religioso ou ideológico frequentemente supera o instinto básico de sobrevivência.

O mais triste é que o ciclo de ódio e violência parece interminável, alimentando uma sequência trágica de destruição, onde inocentes são sacrificados, sem qualquer avanço significativo.

Nesse cenário sombrio, há uma solução simples e poderosa, mas pouco explorada: o Evangelho de Jesus Cristo. Curiosamente, as grandes nações ocidentais, predominantemente cristãs, parecem esquecer que a resposta para o fim das hostilidades está escrita há quase dois mil anos, num livro que muitos mantêm em seus lares e templos. As palavras de Cristo não foram dadas para serem meras teorias religiosas, mas diretrizes práticas para o cotidiano. Somos chamados a viver nossa fé, testando o que Ele nos ensinou: "Amai os vossos inimigos, fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e caluniam. Porque se só amais quem vos ama, que recompensa tereis?" Cristo nos orienta a retribuir o mal com o bem — a perdoar.

Para apagar o fogo do ódio, apenas o amor tem poder. O amor é tão intenso quanto o ódio, mas transforma ao invés de destruir. E todos, cristãos ou não, são sensíveis ao amor.

Os Estados Unidos, um país de profunda tradição democrática e cristã, têm tomado medidas enérgicas com o apoio de seu povo. Porém, por mais religiosas que sejam suas raízes, os ensinamentos de Cristo foram, muitas vezes, deixados de lado em meio às estratégias de combate ao terrorismo. Talvez seja hora de mudar essa abordagem: substituirmos o orgulho pela compaixão e o ódio pelo amor de Cristo em nossas ações. Devemos enxergar os terroristas como seres humanos manipulados, vítimas de líderes religiosos que semeiam o ódio em seus corações, condicionados a matar ou morrer em nome de um fanatismo que distorce a verdade. Eles merecem nossa compaixão, não nosso desprezo.

Uma solução ainda não testada, mas de enorme potencial, seria oferecer a esses povos o oposto da violência: apoio econômico e social. Assim como foi feito com o Japão e a Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, poderíamos combater o terrorismo levando benefícios que erradiquem a fome, a doença e a miséria. Em vez de retaliar, poderíamos enviar médicos, professores, remédios e infraestrutura — ferramentas que constroem, em vez de destruir.

Uma ação inesperada de compaixão e reconstrução enfraqueceria as bases do terrorismo. Aqueles que patrocinam o terror perderiam argumentos, e os próprios povos que sustentam essas ideologias perceberiam que o verdadeiro caminho para a paz não está no ódio, mas na vida digna e na evolução humana. Não se trata de mudar a religião ou a cultura desses povos, mas de aplicar a regra de ouro ensinada por Jesus: "Fazei aos outros o que gostaríeis que vos fizessem." Esse gesto demonstraria que os países ocidentais, frequentemente vistos como exploradores, podem ser, na verdade, instrumentos de paz, justiça e progresso.

Como dizia São Francisco de Assis: para as trevas, luz; para o ódio, amor; para o orgulho, humildade; para a vingança, perdão.

Já que todas as tentativas conhecidas de conter o terrorismo fracassaram, por que não experimentar a simplicidade do ensinamento cristão? Muito mais econômico que as infindáveis despesas com armamentos, o amor é a verdadeira chave para a paz.

Se as nações que se consideram cristãs seguissem de fato os ensinamentos de Jesus, tanto nas palavras quanto nas ações, o mundo seria hoje um lugar bem mais próximo de um paraíso. Que possamos vibrar para que o povo cristão realmente honre o nome e o exemplo de Jesus Cristo. Vibremos todos!

¹Este texto foi psicografado em 2007 na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba-MG.