Nacionalismo Norte-americano II

INTRODUÇÃO

Entre as ideias sobre poder e política, acredita-se que a teologia do domínio e o nacionalismo religioso, em especial o cristão, são muito pouco mencionadas e, muito menos discutidas. Por exemplo, somente fui a elas apresentado ao assistir, em maio de 2024, um vídeo sobre teologia do domínio.

O vídeo, além de trazer algumas informações sobre fatos nacionais, instiga à pesquisa para melhor entendimento, sobre o tema e sobre os fatos. Entendimento que, certamente, aumentará a probabilidade de sucesso em escolhas futuras.

Para tentar entendimento satisfatório, julgou-se eficaz a organização do material pesquisado em seis artigos: o primeiro, “Nacionalismo Cristão”; segundo, Nacionalismo Cristão Norte Americano I; este, Nacionalismo Cristão Norte Americano II; Nacionalismo Cristão Norte Americano III; Nacionalismo Cristão Brasileiro I; e Nacionalismo Cristão Brasileiro II .

Esses artigos, resultantes de a organização de informações pesquisadas em diversos sítios, apesar de não terem qualquer atributo acadêmico, julga-se como satisfatórios ao entendimento.

Assim, organizou-se Nacionalismo Cristão Norte Americano II em: Introdução; Conceitos Relevantes; Nacionalismo Norte Americano – Dois Destaques Históricos; Nacionalismo Norte Americano – Engajamento Político; e Considerações Finais.

CONCEITOS RELEVANTES

Conservadorismo

É um pensamento político que defende a manutenção das instituições sociais tradicionais – como a família, a comunidade local e a religião -, além dos usos, costumes, tradições e convenções. Portanto, não é um conjunto de ideias políticas definidas, pois os valores conservadores variam enormemente de acordo com o lugar e com o tempo.

Direitos Civis

São os direitos dados por lei a todos os cidadãos dum país e relacionados às liberdades individuais, ou civis – liberdades individuais universais, que incluem: direito à liberdade e segurança; direito de defender a si mesmo; liberdade de pensamento, consciência e de expressão; liberdade religiosa; liberdade de associação e reunião; direito à privacidade; igualdade perante a lei; direito à propriedade; e direito a vida e a integridade corporal.

São os protetores dos indivíduos ao poder discricionário do Estado. Estabelecem os limites da interferência estatal na vida privada dos cidadãos e se contrapõem ao abuso de poder.

Estado

É estrutura política e organizacional com poder soberano para governar um povo, dentro de um território, formada pelos seguintes elementos: poder político soberano; povo organizado em sociedade; território; e ordenamento jurídico impositivo, leis.

Estado é que trata da gestão da vida em sociedade, por meio das funções: políticas (direitos, deveres e relações); executivas (políticas e serviços públicos); jurisdicionarias (litígios); fiscalizadoras (cumprimento da ordem jurídica e regulação estatal); e de defesa da ordem e integridade territorial. Funções organizadas e distribuídas por instituições permanentes, os chamados três poderes – legislativo, executivo e judiciário.

Estado Laico (ou secular)

É aquele caracterizado por:

Separar administrativamente a religião do Estado e das instituições governamentais - Os dogmas de fé e as concepções morais religiosas não devem determinar, ou guiar nem as decisões de Estado e nem o conteúdo dos atos estatais; e, por outro lado, o Estado não pode intervir sobre as decisões e conteúdos religiosos; e

Liberdade e proteção de crença. Permite, respeita, protege e trata de forma igual todas as religiões, fés e compreensões filosóficas da vida, inclusive a não religião e as posições que negam a existência de quaisquer divindades ou seres sobrenaturais, como o ateísmo.

Não são laicos os estados confessionais – Aqueles que adotam uma ou mais religiões, como o caso da Inglaterra que adota oficialmente o Cristianismo Anglicano, a Arábia Saudita, o Islamismo, a Rússia, o Cristianismo Ortodoxo, o Vaticano, o Cristianismo Católico; os estados ateus – aqueles onde não existe liberdade de crença e até perseguição aos que ousam expressá-las como a Coréia do Norte e, ou aqueles, nos quais não existe separação entre Estado e Igreja, como as teocracias, caso do Irã.

Estado Mínimo

É o entendimento que o papel do Estado na sociedade deve ser o mínimo possível, para que consiga entregar serviços públicos de qualidade para a sociedade, com maior eficiência. Caracterizam a busca pelo Estado Mínimo: privatização, flexibilização do mercado, desregulamentação, redução de gastos governamentais.

Fundamentalismo

Qualquer corrente, movimento ou atitude, de cunho conservador e integrista, que enfatiza a obediência rigorosa e literal a um conjunto de princípios básicos; integrismo.

Fundamentalismo Cristão

Doutrina e movimento religioso e conservador, que enfatiza e defende a fidelidade absoluta à interpretação literal dos textos bíblicos fundamentais à vida e à doutrina cristã.

Na virada do século XIX para o século XX, surgiu o fundamentalismo cristão. Uma reação ao liberalismo teológico originado na teologia protestante alemã, corrente que defendia a compatibilização do cristianismo com o mundo moderno, a ciência e o uso de um método histórico-crítico à interpretação das Sagradas Escrituras.

Humanismo

Movimento intelectual difundido na Europa, durante a renascença (em torno de 1350), rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média. Baseado num conjunto de doutrinas fundamentadas nos interesses, potencialidades e faculdades do ser humano, sublinhando sua capacidade para a criação e transformação da realidade natural e social, e seu livre-arbítrio, diante de pretensos poderes transcendentes, ou de condicionamentos naturais e históricos.

Esse movimento procura o melhor nos seres humanos, sem se servir da religião, oferecendo novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política. Além disso, revolucionou o campo cultural e marcou a transição entre a Idade Média (476 – 1453) e a Idade Moderna (1453 – 1789).

Os humanistas tendem a defender os direitos humanos, a liberdade de expressão, as políticas progressistas e a democracia. Sustentam que a religião não é uma pré-condição da moralidade e se opõem ao excessivo envolvimento religioso com a educação e o Estado.

Humanismo Secular

É uma postura filosófica que abraça a razão humana, a ética, a justiça social e o naturalismo filosófico, rejeita especificamente dogmas religiosos, o sobrenatural, pseudociência ou superstições como a base da moralidade e de tomada de decisão.

Liberalismo

Doutrina baseada na defesa da liberdade individual, nos campos econômico, político, religioso e intelectual, contra as ingerências e atitudes coercitivas do poder estatal.

Existe posições liberais na economia, mas conservadoras na moral, e costumes.

Nação

Grupamentos humanos, cujos membros, fixados ou não em um território, têm sentimento de pertencimento, estão unidos, vinculados por convicção de um querer viver coletivo e compartilhando, muitas vezes, conjunto mais ou menos definido de culturas, práticas sociais, idiomas, entre outros.

Nacionalismo

É uma ideia e um movimento que: defende a nação congruente com o Estado; e que promove os objetivos e interesses nacionais. Ocorre que, como existe várias ideias e pensamentos sobre nação e como existe vários tipos de estados-nação, então tem-se várias formas de nacionalismo: nacionalismo étnico, nacionalismo religioso, nacionalismo cívico, nacionalismo integracionista ...

Pode-se citar como características:

Nação como única fonte legítima de poder político;

Autodeterminação, governar a si mesmo sem interferências externas;

Subordinação de todos os problemas de política interna e externa ao desenvolvimento e à dominação hegemônica da nação;

Preferência pelo que é próprio da nação;

Exaltação de um povo/nação e das suas características, valores e símbolos;

Construção e manutenção duma única identidade nacional;

Preservação de tradições e costumes; e

Tendência ao isolamento econômico e cultural.

Nacionalismo Cristão

Nacionalismo cristão é o nacionalismo religioso filiado ao cristianismo. Como nos continentes americanos a forma mais comum ´o cristianismo evangélico é comum conceitua-lo como: forma de nacionalismo religioso que se concentra na promoção e na proteção da religião cristã evangélica em uma determinada nação. Isso pode incluir: a implementação de leis e de políticas baseadas no evangelismo, a promoção de programas educacionais e culturais; a defesa de práticas e costumes evangélicos ...

O nacionalismo cristão identifica a nação com a vontade e ação de Deus no mundo; confunde identidade nacional e a cristã; e identifica o serviço da nação a serviço de Deus.

Secularismo

Doutrina política e ética que segue, em destaque:

separação entre religião e Estado, inclusive de suas instituições governamentais; exclusão de elementos religiosos dos ambientes escolares e, ou públicos; e rejeição da fé e devoção religiosa nos processos de amplitude pública, pautando-se somente em fatos ou experiências resultantes da realidade do viver.

Social Democracia

É uma ideologia, uma corrente política, econômica e social, que tem como principais valores a igualdade e a liberdade. Aceita o capitalismo mas busca mitigar os efeitos desse sistema considerados adversos, por meio da política.

Os sociais-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente, através de intervenções econômicas e sociais.

Caracterizam a Social democracia:

Estado de bem-estar social

É uma perspectiva política e econômica na qual o Estado tem um papel central na organização econômica, visando promover o progresso social e criar redes de segurança aos cidadãos “do berço ao túmulo”, ou seja, durante toda a sua vida. O Estado intervém e é o regulador da vida social e econômica do país.

Intervenções econômicas: que visam minimizar os efeitos das flutuações cíclicas econômicas; regulação do mercado de trabalho (proteção, direitos, negociações coletivas...); e com participação em atividades econômicas que são consideradas necessárias ao desenvolvimento do país, que poderiam não ser atendidas pela iniciativa privada, por falta de interesse, ou pela impossibilidade de prestar adequadamente o serviço.

Intervenções sociais: seguridade social – benefícios previdenciários e assistência social; e prestação de serviços de saúde e outros públicos básicos.

Desenvolvimento com sustentabilidade

Progressista nas questões de moral e costumes.

Teologia do Domínio

Refere-se a uma linha de interpretação da Bíblia e pensamento teológico, sobre o papel da igreja na sociedade. Afirma que o cristianismo bíblico governará todas as áreas da sociedade, pessoais e corporativas.

Um dos seus aspectos mais distintos é que a interpretação bíblica resultou numa espécie de mandato para a administração cristã em assuntos civis, tanto quanto em outros assuntos humanos

Teologia do domínio é expressão utilizada por proeminentes autores evangélicos, para denominar um agrupamento de variados movimentos teológicos, que apelavam diretamente à passagem específica no Gênesis.

Movimentos voltados à criação de uma teocracia, onde todos os aspectos da sociedade seriam regidos pela "Lei de Deus" e, ou de acordo com as leis no Antigo Testamento, que governavam os israelitas.

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A Teologia do Domínio, por sua vez, pressupõe que, com o impulso para controlar

o mundo, Deus e o diabo se encontram em conflito permanente, nos planos espiritual e terreno. Sendo assim, a tarefa do cristão seria não somente a obediência e pregação dos mandamentos bíblicos, mas também a guerra incansável contra demônios, que se manifestam no mundo terreno nas mais atividades humanas.

NACIONALISMO CRISTÃO NORTE AMERICANO - DOIS DESTAQUES HISTÓRICOS

O nacionalismo cristão norte americano, obviamente, tem perfil bem próximo de todo nacionalismo cristão, como desenvolvido no primeiro artigo, “Nacionalismo Cristão”.

Esse fenômeno não é novo. A história política norte-americana cruza com a religião a todo momento. Entende-se relevante destacar: Destino Manifesto e Oposição ao “New Deal” de Franklin Roosevelt.

Destino Manifesto

Em1925, era crença, que ganhou muita força, na qual os norte-americanos acreditavam ter missão divina de expandir territorialmente, levando para outras regiões e outros povos a civilização e o progresso, cumprindo, assim, a vontade de Deus.

Importante para justificar a expansão territorial dos Estados Unidos, que se deu não apenas por meio da conquista de terras, mas por questões culturais, ao levar para outros povos a civilização, o progresso, o desenvolvimento e a democracia.

A expansão territorial se objetivou com a inclusão do Texas junto à União e, posteriormente, a tomada dos territórios correspondentes aos atuais estados: Califórnia; Novo México; Arizona; Nevada; Utah; e partes do Colorado, Kansas e Oklahoma, resultante da guerra vencida contra o México, que durou de 1846 à 1848.

Oposição ao “New Deal” de Franklin Roosevelt

Em 1929, ocorreu o derretimento da economia norte americana, que era orientada pelos princípios de “Estado Mínimo” e o liberalismo de Adam Smith.

Franklin Roosevelt assume em março de 1931 e inicia o “New Deal”, programa de recuperação da economia dos Estados Unidos, que seguia ideias preconizadas pelo economista John Keynes, com Estado regulador e promovedor do Bem Estar Social, modernamente conhecidas no capitalismo europeu, como “Social Democracia”.

Grandes empresários reagiram contra o “New Deal” de Roosevelt, suas reformas econômicas, suas leis reguladoras e políticas sociais.

Alguns desses magnatas, eles próprios vinculados a igrejas, sondaram, localizaram e recrutaram ativistas religiosos, para lançar campanhas com lemas como “liberdade sob a ordem de Deus”.

Recursos foram mobilizados para identificar pastores sintonizados, estimular a formação de redes, patrocinar publicações, promover eventos e campanhas e rituais.

Para desenvolver e propagar a doutrina, implantar rituais, modelar comportamentos e práticas cotidianas, era necessário: fazer os fiéis voltarem a frequentar os templos; e os empresários tornarem-se os elos de ligação entre políticos e religiosos em todos os poderes e em todos os níveis (local, estadual, federal).

Era necessário investir no desenvolvimento, sistematização e propagação desse discurso religioso, aproximando-o ainda mais do discurso político. O investimento de empresários foi ativo e não se tratou apenas de fornecer o caixa. Na verdade, muitos deles eram parte integrante da rede religiosa. Participavam dos eventos, discutiam sua organização, ativavam mais recrutamentos através de seus grupos de classe, conectavam com os políticos e ligavam, também, o mundo dos pastores, com o mundo da mídia.

No começo, a ligação com a mídia foi com o rádio, jornais e revistas. Mais tarde, com a TV e cinema.

Nos anos de 1950, o programa de Billy Graham, “Hour of Decision”, era transmitido por três grandes cadeias, um total de 850 estações. Estimava-se que atingia 20 milhões de telespectadores.

No cinema, com filmes bem conhecidos como: Sansão e Dalila (1949), David e Betsabá (1951), Quo Vadis? (1951), Os Dez Mandamentos (1956), Ben-Hur (1959), Salomão e a Rainha de Sabá (1959), A História de Ruth (1960).

O movimento gerou espécie de religião civil, através de campanhas para a implantação de símbolos e rituais. No governo Eisenhower (1953 -1961), a campanha pela introdução da frase “país livre sob Deus” – o “under god”, virou slogan oficial.

Em 1953, o presidente dos Estados Unidos, general Eisenhower, declarou formalmente, que designaria o 4 de julho (independência) como Dia Nacional da Oração. Em junho de 1954, no dia da bandeira, ele assinou a lei.

A oração nas escolas virava prática corrente. Dizia o general batista: “Deste dia em diante, milhões de nossas crianças nas escolas proclamarão diariamente, em cada cidade e aldeia, em todas as vilas e escolas rurais, a dedicação de nossa nação e de nosso povo ao Todo Poderoso”.

Em 1956, o “in god we trust” foi incorporado às notas de dólar.

NACIONALISMO CRISTÃO NORTE AMERICANO - ENGAJAMENTO POLÍTICO

Diagnóstico do Movimento Fundamentalista

No contexto da década de 1970, a sociedade ocidental e secularista estava em oposição e se tornara hostil ao cristianismo. O avanço do humanismo secular estava transformando o cristianismo em uma contracultura.

O humanismo secular, se tornou a base intelectual das instituições governamentais, do meio acadêmico e da mídia norte-americana. Essa consolidação teve seu início com o domínio que seus adeptos passaram a exercer sobre o sistema educacional público: o auxílio federal; retirada do ensino religioso; a inclusão do ensino da teoria da evolução das espécies e de educação sexual; a formação de professores pelas universidades; o ensino de ideias liberais de economia e política; a presença de professores homossexuais nas escolas públicas....

Toda essa aceitação de princípios “antibíblicos” na sociedade norte-americana só se tornou viável, devido: ao domínio do aparelho estatal pelos “militantes humanistas”; presidentes, juízes da Suprema Corte, congressistas etc. estarem, em sua grande maioria, a serviço do humanismo secular.

Temas como o avanço comunista nos Estados Unidos, educação, família, homossexualidade e pornografia são provas da degeneração da nação, mas, também, espaços privilegiados para a ação.

Fim do Autodeclarado Isolamento

Enquanto fora dos holofotes da mídia tradicional, os fundamentalistas:

Ampliaram suas denominações independentes, seus institutos bíblicos, suas agências missionárias, suas escolas, seus jornais, seus programas de rádio e televisão, inclusive como instrumentos de evangelização;

Criaram um senso cada vez maior de identidade;

Aumentaram sua força no nível local; e

Ampliaram sua base de adeptos no sul do país.

Entre1950 e 1970, esteve presente uma gradativa interferência do governo federal e da Suprema Corte, que colocaram os fundamentalistas em rota de colisão com o pensamento liberal, que passou a ameaçar a autonomia que possuíam, para organizar instituições vinculadas às igrejas.

Interferência em assuntos, como os relacionados a ensino público e à questão racial, até então considerados de competência estadual, tais como um conjunto de decisões da Suprema Corte, provenientes de contestações constitucionais, empreendidas por grupos ligados ao movimento pelos direitos civis.

Apontadas como interferências:

Em 1963, quando a Suprema Corte declarou inconstitucionais a segregação racial e a oração em escolas públicas, mas não citou e, portanto, deixou de fora as escolas privadas.

Em 1970, a Internal Revenue Service (IRS), órgão do governo federal responsável pelo recolhimento de impostos, proibiu a isenção fiscal para escolas privadas, que mantivessem práticas consideradas inconstitucionais para as escolas públicas.

Ao longo da década, a IRS acionou judicialmente Bob Jones University, uma das principais instituições de ensino de orientação fundamentalista no país, que foi obrigada a devolver os impostos não recolhidos entre 1971 e 1976.

Entre 1950 e 1970, o contexto político instigou os fundamentalistas a saírem do autodeclarado isolamento e reorientarem as ações à busca de protagonismo político.

Em maio de 1979, Robert Billings, educador e missionário cristão evangélico, cofundador da Moral Majority e ex-diretor da National Christian Action Coalition (Coalizão Cristã) organizou um encontro de grupo de conservadores, de diferentes denominações, com estrategistas e intelectuais.

O encontro tinha como objetivo: formalizar a aliança religiosa e conservadora e, em visita a Falwell em Lynchburg, convidá-lo para assumir a liderança formal do movimento. Formalizava-se a Direita Cristã dos Estados Unidos.

Também, nesse mesmo ano Falwell, Billings e outros intelectuais e estrategistas fundam a “Moral Majority”.

Rapidamente a Direita Cristã, objetivação do Nacionalismo Cristão, da qual a Moral Majority, seria a principal organização, se tornou uma grande força política nos EUA.

Formalização Político Partidária

O apoio nacional do Partido Democrata à Suprema Corte, sobre as liberdades individuais, desagradou ao movimento e ao Partido Republicano, que criticava e caracterizava como avanço da Suprema Corte.

Esse movimento acabaria se tornando importante base popular, para o conservadorismo e o Partido Republicano que, com as seguidas decepções dos fundamentalistas com os governos democratas, se tornou o abrigo partidário das lideranças da Direita Cristã.

Em vez de formarem um partido político, resolveram influir, se possível tomar, o Partido Republicano que, desde a promulgação da Lei dos Direitos Civis, em 1965. (pelo democrata Lyndon Johnson, do Texas), tornara-se o partido preferido dos conservadores de todas as regiões do sul do país.

Assim, o Partido Republicano abrigou a corrente política nacionalismo cristão que, com o pequeno grupo liberal ortodoxo, constituem praticamente o partido reconhecido como conservador de direita.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao tomarmos conhecimento com as ilustrações – “Destino Manifesto” e “Oposição ao “New Deal”, de Franklin Roosevelt, que o nacionalismo cristão não é um movimento novo nos Estados Unidos, entende-se ser o “fundamentalismo cristão” a base ideológica do movimento.

No artigo “Nacionalismo Cristão Norte Americano I”, a narrativa foi sobre o fundamentalismo cristão - suas lideranças e seu trabalho de construção de força política com expressão significativa, tornou o grupo de interesse do Partido Republicano pelo seu engajamento.

No próximo artigo, “Nacionalismo Cristão Norte Americano III será continuado o desenvolvimento e espera-se concluir esta organização de informações necessárias, para o entendimento do nacionalismo cristão norte americano que, pelo fato de ter sido a origem do ressurgimento do nacionalismo cristão no Brasil, é indispensável para a compreensão do mesmo pelos brasileiros.

FONTES

Artigos:

Nacionalismo Cristão

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/8153442

Nacionalismo Cristão Norte-americano I

https://www.recantodasletras.com.br/artigos/8163854

Sites: bbc.com; brasilescola.uol.com.br; britannica.com; en.wikipedia.org; opeu.org.br; paulopes.com.br; politize.com.br; e pt.wikipedia.org.

J Coelho
Enviado por J Coelho em 08/10/2024
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