Aliando-se ao opressor
O que dizer de quem se alia aos opressores? Podemos dizer tudo de uma pessoa dessas, menos que tem dignidade. E com certeza dignidade é o que a funkeira Jojo Todynho - que se declarou uma mulher preta de direita - não tem. Além de não ter dignidade, ela não age movida por princípios, mas por conveniência, como o oprimido que lambe as botas do opressor. Jojo Todynho, ao aparecer em uma foto ao lado de Michelle Bolsonaro e depois retirar da playlist a sua música homenageando o público LGBTQIA+, pareceu esquecer que foi esse público que a tornou famosa. Ela, simplesmente, cuspiu no prato que comeu e, ao se explicar em vídeos, deu provas do quanto é uma pessoa vulgar. Jojo Todynho, que é negra e veio da periferia, age como muitos desses que, ao se tornarem celebridades, esquecem suas origens, assim como muitos desses jogadores de futebol negros que, ascendendo socialmente, só querem saber de casar com moças louras e nem olham para moças negras e de origem humilde como eles.
Aliás, quem é essa mulher? Que qualidade ela tem? Ela é uma mulher grosseira, vulgar, que nem mesmo canta bem e confunde ser grosseira e mal-educada com ter personalidade e ser autêntica. Ela com certeza sabe que Bolsonaro disse que seus filhos nunca se relacionariam com mulheres negras pois tinham recebido boa educação. E não foi apenas isso. Bolsonaro também falou que gente como ela se pesa em arroba. Com certeza, o ex-presidente não iria querer que nenhum dos filhos dele a namorasse. E Michelle Bolsonaro, ao posar ao lado dela, só quis parecer simpática. Aquela foto foi um show de hipocrisia. Imaginem a Jojo entrando na política - como ela prometeu - em 2026. Ela terá alguma proposta útil? Ela ainda está estudando Direito. Pensem nessa mulher como advogada.
Outro belo exemplo de quem se alia ao opressor é a vereadora Jessicão, do Paraná. Jessicão é uma lésbica assumida e - por incrível que pareça - tem verdadeira adoração por Bolsonaro, chamando-o de "divo" e tendo retratos e estátuas dele em seu gabinete. Jessicão é tão grosseira quanto Jojo Todynho e já chegou a dizer que se quisesse adotar um animal adotaria um petista, tem um tapete com o rosto de Lula para pisar nele e já foi vista com uma blusa dizendo F.. Lula e f... quem gosta dele. Chega a ser cômico ver uma homossexual - que vive abertamente com outra mulher - apoiar o mesmo homem que disse que "filho gay é falta de porrada" e que "preferia ter um filho ladrão a um filho gay" e que ainda afirmou veementemente que não corria o risco de ter filhos gays porque sempre foi um pai presente e soube educar. Por acaso ela - que se descobriu lésbica aos doze anos - gosta de mulher porque os pais não souberam educar? Ou foi porque ensinaram ideologia de gênero na escola onde ela estudou? Incrível e absurdo é ver essa mulher dizer que se deve combater a ideologia de gênero. Psicólogos, médicos e cientistas são unânimes em dizer que essa ideologia não existe e qualquer pessoa com boa memória sabe que gays, lésbicas e trans existem muito antes de se falar em ideologia de gênero. Ela desrespeita a própria comunidade a que pertence e diz que não existe homofobia mas que, se um gay ou uma pessoa trans sofrer agressão tem que se ver se não provocou o agressor, dando a entender que se uma pessoa LGBTQIA+ sofre agressão é porque não se dá ao respeito e transformando a luta desse povo em simples vitimismo.
Ver figuras como Jojo Todynho e Jessicão deve nos fazer refletir bem sobre as pessoas que bajulam quem está do lado das elites e opressores em vez de trabalhar a favor das comunidades a que pertencem. Jojo Todynho não representa - há um bom tempo - os negros e as periferias e Jessicão mostra muito bem que não luta pelos LGBTQIA+. Aderindo à seita do bolsonarismo - que tem perdido força - elas preferem ser do time dos opressores.