DERROCADA

Infelizmente estamos à beira da derrocada. Sabemos que o caminho que hora seguimos nos leva inevitavelmente ao abismo e, no entanto, nada fazemos para impedir o inevitável.

Mas que força é essa que nos impele ao apocalipse com a qual somos incapazes de lutar?

Nossas forças são ineficazes, nossas intenções não são concretizadas. Limitamo-nos a assistir inertes o céu desabando sobre nós sem nós darmos conta de que podemos sim levantar a clava forte e mostrar que não fugimos à luta.

Passamos uma geração nos preparando para um possível inimigo externo que nunca, pelo menos até agora, sequer nos atingiu.

Nosso acomodamento consequente de paz duradoura permitiu que uma sanha se desenvolvesse entre nós tornando-se pior que um inimigo externo: O esquerdismo. Escorraçado em 64, retornou e contaminou brasileiros apadrinhados por antigos extremistas e se espalhou de forma voraz e contagiosa, tão insana que desta vez nem os generais se safaram.

Eis que, de onde deveria surgir uma prodigiosa proteção, viu-se corrompida a garbosa farda verde oliva, de tantos orgulhos de outrora, porém hoje motivo de vergonha e escárnio. Desacreditado e odiado, o Exército que já fora "braço forte, mão amiga", hoje aos olhos da população não passa de "braço covarde, mão traira".

A quem recorrer, se as forças armadas tornaram-se algozes da população, mancomunadas com a esquerda maldita que manipula o País conduzindo-o a um inevitável fim?

Remoendo meus pensamentos e devaneios procuro encontrar soluções mesmo que tênues que nos permita deixar a UTI e vivermos outra vez.

Tantas manifestações pacíficas se façam e mesmo assim serão ineficazes.

Não precisamos de manifestações pacíficas e blá blá blá. Ao invés disso, há que sermos contundentes e objetivos como a população na tomada da bastilha, munida de utensílios agrícolas, parcas ferramentas, quase nenhuma arma, nas com brio extremo e determinação que os possibilitou libertação do jugo da tirania avassaladora. Então, alcançada a vitória, enfim se estabeleceu o lema: Liberdade, Fraternidade e Igualdade. A não ser isso, infelizmente tombaremos feito moscas despencando do abismo. Será o nosso fim.

Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 11/09/2024
Código do texto: T8149501
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