A rede transnacional de desinformação e dominação
Elon Musk, o dono da Twitter/X, diz que vai fechar o escritório da empresa no Brasil. Não quer deixar que algum funcionário seu no país possa ser responsabilizado por crimes de incitação à mentira, à violência e aos atos antidemocráticos. De outro lado, sem conseguir provar, autoridades venezuelanas cogitam que a pirataria digital vinda da Macedônia do Norte (!), que transformou em imbróglio mundial o resultado da eleição no vizinho sul-americano, tenha sido comandada pelas empresas de Musk. E é bom se perguntar: quais foram as fontes dos jornalões da grande mídia brasileira que revelaram tratativas entre TSE e TSF na CPI das fake news, na tentativa de desacreditar o ministro Alexandre de Moraes? O qual decidiu denunciar formalmente Elon Musk e sua empresa por descumprimento de ordens judiciais a respeito de contas que veiculam mentiras e ataques contra a democracia e o governo?
Não há dúvida, há uma rede transnacional de pirataria digital e de desinformação. Antes, no Brasil, já tivemos pelo menos um caso relevante: a arapongagem das comunicações da Presidenta Dilma, que contribuíram para o golpe que a depôs. Qual o objetivo dessa nefasta rede, da qual Elon Musk e suas empresas são só um de muitos tentáculos? Basta ver estes poucos casos aqui citados: objetiva a impunidade de crimes contra a democracia no Brasil; objetiva desestabilizar o governo que tenta manter a Venezuela um país soberano frente à voracidade do império; objetivou derrubar um governo no Brasil – o de Dilma – que também tinha a intenção de livrar o país de grilhões do império. A conclusão óbvia é que a rede transnacional está a serviço de reforçar o imperialismo hegemônico dos EUA.
A grande rede transnacional tem seus tentáculos regionais. No Brasil, mesmo na imprensa menor, há um orquestrado sistema de desinformação e de oposição ao governo federal que tenta libertar o país de históricos laços do colonialismo. Não vamos nos enganar: o governo federal atual tem viés social e soberano. Empenha-se em transformar o país numa grande nação, independente do imperialismo, e em prol do bem-estar de toda a população, reduzindo os abismos sociais. Quem não enxerga assim, precisa procurar rever suas fontes de informação e seus preconceitos. A oposição, ao contrário, quer desunir a população e tornar o país mais frágil e vulnerável à rapinagem internacional.
Mesmo na imprensa menor tem-se visto artigos com títulos que dizem que as contas do governo estão erradas, que a reforma fiscal vai prejudicar os mais pobres, que a justiça indevidamente tenta punir os criminosos midiáticos. Amiúde os autores de tais artigos assinam com endereços institucionais, que só fazem reforçar que se trata de um orquestrado sistema para desacreditar o governo federal.
A população que permanece iludida pelos detratores do atual governo concretiza o Hino Nacional no seu dizer: “Deitado eternamente em berço esplêndido”. Não deixaremos de ser colônia submissa, talvez ajoelhada, e não deitada, enquanto não conseguirmos discernir entre quem deseja um Brasil justo e soberano, e quem deseja uma população desunida, uma sociedade injusta e um grande país subjugado.