Olimpíada na França: escárnio. E espírito olímpico.
Numa Olimpíada, espetáculo esportivo que nasceu na Grécia antiga, enaltece-se a força, a velocidade, a agilidade, a rapidez, a destreza no uso de arco e flecha, de armas, enfim, louva-se o espírito competitivo, natural no ser humano, cada povo representado com os melhores tipos humanos que possui, daí selecionar para as competições olímpicas os seus melhores atletas, que são pessoas de um tipo físico superior ao comum dos homens, muitos deles agraciados com um corpo escultural. Alguém já viu um ginasta olímpico raquítico, ou obeso? Alguém já viu um homem gordo, numa competição olímpica, a correr os cem metros rasos? Alguém já viu, enfim, uma pessoa desprovida dos atributos físicos e do treino apropriados para cada uma das modalidades esportivas participar de Olimpíadas? Não há gente despreparada, e fraca, e lerda, em competições olímpicas. Não há - se há, alguma coisa está podre no reino da Dinamarca. Sendo, portanto, a Olimpíada, um evento esportivo cujo fim primordial é enaltecer a força, a agilidade, a velocidade, enfim, todas as qualidades superiores do corpo humano, pede-se, então, que em suas cerimônias de abertura e de encerramento exiba-se o que de melhor o ser humano, e ser humano de mente sã e corpo são, é capaz de fazer. E o que se viu na cerimônia de abertura nas olimpíadas deste ano? O ser humano em seu esplendor físico?