VENEZUELA, A VOLTA PARA CASA
VENEZUELA, A VOLTA PARA CASA
A última chamada para a liberdade ou morte, venezuelanos fazem o caminho de volta na esperança de que novas eleições proporcione a liberdade. Sob ameaça de “rios de sangue”, caso o ditador Maduro não vença (segundo suas palavras), mesmo assim a esperança não morre. Entre a fome e a morte, a liberdade está gritando mais alto, há uma esperança nas urnas. Mesmo na dúvida sobre uma possível fraude, melhor é prevalecer desta hora de uma oportunidade única no momento em que uma mulher, revestida de muita coragem resolveu peitar o ditador. Aos milhares, a caminhada para travessia da fronteira que separa o Brasil da Venezuela, homens, mulheres, crianças, com semblantes tristes, passos lentos por lhes faltar força para correr - é a Venezuela de volta para casa. A luz do fim do túnel parece ter brilhado, do fundo do poço, o clarão convidando a escalar a longa jornada, ainda acreditando que será possível recomeçar do nada. Um país destroçado pela corrupção fomentada pela ditadura de um governo frio e cruel, tendo a muitos dizimados. Sonhando o sonho dos venezuelanos, permanecem os brasileiros que aos poucos ainda assistem o barco ir afundando dia a dia - era o nosso Titanic que parecia navegar por águas tranquilas, quando um danado de um iceberg chamado PT apareceu pelo caminho. Mesmo assim, brasileiros destemidos, valentes, continuam se defendendo dos tubarões que os cercam, não desistem de trabalhar para resgatar a sua embarcação. Enquanto venezuelanos, mesmo tendo sido desfiados caminham em busca da liberdade, brasileiros, permanecem assustados quanto ao seu futuro, tudo continua no mesmo, será o nosso fim? É bem verdade que o capitão ainda permanece de pé, o único a peitar não somente a um ditador de toga, mas, a peitar um sistema construído por décadas. O que brasileiros querem é a volta da liberdade, o retorno à justiça e prevalências dos direitos adquiridos como cidadão. Venezuelanos estão voltando para casa, e em comparação das duas situações, brasileiros assustados assistem o que pode ser a grande derrocada. Ainda não se sabe, se morrer como herói e salvar a pátria para o futuro dos filhos e dos netos, ou deixar para a história, os covardes que entregaram o ouro para o bandido, preferindo morrer à mingua. Temos muito o que aprender, tanto com a experiência dos outros, no caso, com os venezuelanos e mesmo com o momento dos irmãos gaúchos. Os gaúchos por sua coragem, já dispensaram as migalhas do governo, inclusive a presença incômoda de seus ministros, tão sínicos quanto ao próprio presidente da república que continua se divertindo coma desgraça dos outros. Já se passaram um ano e meio, sábios da economia se manifestando indignados com os erros, memes tentando ridicularizar um ministro desmiolado, já tendo sido recomendado consultar um psiquiatra; políticos roucos de tantos discursos não tem conseguido nada em face aos presidentes de suas casas, uns bananas, que deveriam assumir as suas responsabilidades, nem que fosse a tapa (políticos podem brigar que não dá em nada). Assim, continuamos nós vendo o barco afundar, apenas assistindo a volta dos venezuelanos para casa.