UMA HISTÓRIA VENEZUELANA
Olavo de Carvalho, com a capacidade de síntese e a clareza que lhe eram características, explicava que todo projeto socialista resulta em excessiva concentração de poder político.
A explicação é simples: a fim de conseguirem dirimir com eficácia a questão da desigualdade econômica, com vistas à utopia igualitária, os socialistas precisam necessariamente tornar-se mais poderosos, em termos políticos, que todo o resto da sociedade. Para tanto, imbuídos de "moralidade" revolucionária, não medem esforços e não têm escrúpulos: mentem, fraudam, difamam e corrompem, sempre promovendo, de modo sistemático, o aparelhamento da máquina pública e das instituições e órgãos de Estado.
Uma vez alcançada a concentração de poder político, advém a concentração de poder econômico. De fato, à medida que as massas vão se tornando igualmente pobres ou miseráveis, a elite socialista, direta ou indiretamente ligada ao Partido que detém o poder, vai enriquecendo e locupletando-se à custa do povo.
Note-se que, assim como cães que não largam o osso, os socialistas, após tomarem o poder, ali se encastelam e dificilmente são dali defenestrados. Quando se consolidam no comando de uma nação, passam a exercer um tal domínio sobre a sociedade que, por via de regra, a única opção de removê-los do poder acaba sendo o enfrentamento cruento sob a forma de guerra civil, declarada ou não.
Esta é, essencialmente, a história da Venezuela nas últimas décadas.
Rezemos para que não seja a história do Brasil nos próximos decênios.