ÉTICA (parte dois)
ÉTICA (parte dois)
Num país em que a grande maioria desconhece o que seja a ética, torna-se quase inútil essa abordagem, principalmente quando se fala dos governantes, ou melhor, dos três poderes. Mesmo assim, para nós, os normais, principalmente cristãos, sempre pagamos o preço, por ser honesto e por procurar agir dentro da ética. Na parte anterior consideramos o pensamento ético dentro da sociologia, da psicologia, e desta vez, a ética dentro do pensamento filosófico. Na filosofia, a porta parece estar sempre aberta para ouvir e dar atenção a tudo quanto o pensamento produz dentro de uma visão horizontal, principalmente, sem, no entanto, manter a mente aberta para indagar sobre o homem e sua razão. Portanto, quando transcende numa linha vertical, procuram abrigo na Teologia. As respostas espirituais não são meras hipóteses, elas são tão reais que, mesmo Descartes pode bem sentir, quando afirmou; sua célebre frase: “Penso, logo existo”. Parafraseando: se existo, penso. Há por detrás disso tudo o fôlego do Espírito de vida e sua dinâmica que procedem de Deus, o que somente pela fé que se pode experimentá-la.
Se a psicologia serve para determinar o modelo de vida, qual ciência poderia determina-la? No pensamento humano há uma corrente de conhecimento em que cada elo vai se tornando interessante, visto que, um coopera em complemento ao outro. Não fosse o olhar contemplativo, como ir além do que os olhos veem, ou do que os sentidos nos ofertam? Assim, podemos entender que na vida é um eterno filosofar; pensar que existo, e que, se existo penso, seria isto o bastante para entender a vida? A filosofia pode tentar estabelecer um padrão de vida com base no que é romântico, ou seja, no que é belo. Por exemplo: Igualdade, liberdade e fraternidade, é o que prega a Maçonaria, sendo de fato um lindo tripé - todos iguais, todos livres e todos fraternos. Pode ser! No que é belo há inspiração, mas, nem por isso pode ser um padrão de vida, até porque, se retirar um dos pés, o resto desmonta.
“Uma coisa sei, é que nada sei” Para o gênio da filosofia o reconhecimento de sua ignorância era o mais alto saber, pois que bastaria para si, calar ante a magnitude de Deus. Como então concluir? Essas ciências não diriam nada? Sim! A ética, entretanto, com todas elas trabalha, assim respeitando cada conceito do ponto de vista experiencial, e nunca os poderá desprezar. Entretanto, para o cristão, o bastante capaz para admitir que ser um cristão, não é meramente ter “uma filosofia de vida”; não pautar o modelo cristão segundo a uma necessidade ou influência, quer seja ela sociológica ou psicológica. O cristão é aquele que cultiva a fé com base nas verdades celestiais deixadas por testamento. É dinâmica? Sim! Mas, definidas por Cristo, o autor e consumador de nossa fé. Concluímos que, numa aldeia, paletó e gravata, não fica bem; na igreja, a intensão do culto é para a glória de Deus, vestir-se de modo digno honra a Deus; na sociedade, ser respeitoso é qualidade, ser honesto é dever; amar a Deus e ao próximo, é mandamento. Ser cristão é um estilo de vida, é ser ético.