ÉTICA (parte um)

ÉTICA (parte um)

Seria quase inútil falar em ética, num país em que respeito algum existe para com a figura do outro. O “eu” é o predominante, e cada um dos demais o resto. O significante está em que, os que podem mais prevalecem sobre os que menos podem. Em meio a esses procedimentos, que entendimento se teria para o que é certo e o que é errado? Sobre o que é moral e o que é imoral? A questão do que é certo para você, pode ser errado para a outra pessoa. Em ética, aprendemos que devemos respeitar o ponto de vista de outras pessoas, para tanto, no seu ambiente, observando: seus costumes e cultura. Ainda, aprendemos que nem tudo o que é legal é moral, por exemplo: o jogo das loterias é legal, e bem assim uma gama de outros semelhantes que sugam as economias dos pobres - os carnês da sorte, tudo isso é simplesmente imoral. Para um cristão, o que determina o conceito de certo e errado é dar ao outro tudo como se fosse a si mesmo. Aquele que é radical, nem sempre é radical por ser dono da verdade, só pelo fato de ser radical, já diz de sua fraqueza e sua ignorância. Qual modelo seguir nesse entendimento ético? Na sociologia, na psicologia, na filosofia?

Na sociologia, “o homem é produto do meio”, ou seja, se alguém vive num ambiente de promiscuidade, é também promiscuo. Se num ambiente de corrupção, passa também a admitir a corrupção e também agir como corruptor. Assim, a sociologia pode admitir como ciência isolada de outros conceitos. Para ela, as transformações na vida do homem vão se processar de acordo com as circunstâncias do seu habitat. Se Ulla (mulher do Brucutu) era trazida para casa sendo puxada pelos cabelos num gesto de amor do seu amado Brucutu, este era o seu ambiente, assim vivia na sua sociedade. Para nós, normais e instruídos vemos o homem, como criado à imagem e semelhança do Criador. Na sua formação há a inerência do Espírito Santo de Deus, sendo esse Espírito aquele que move a vida temporal, transcendendo-a ao reencontro com a eternidade.

Na psicologia, “Dize-me com quem andas que direi quem tu és”, pensamento parecido com o conceito sociológico, só que traz a ideia de avaliação do “comportamento”. Envolve gestos, atitudes e palavras. A psicologia quando tratada como mera ciência não está preocupada com a imanência, com aquilo que está contido no homem criado parecido com Deus. A psicologia toma de dados determinantes das atitudes humanas para a partir enquadrá-las dentro do conceito epistemológico (conhecimento e suas formas). Por isso ela pode tomar por exemplo do conceito Marxista a ideia de verdade de que: “a religião é ópio do povo”. A religião como fuga para os problemas existenciais. Se esquece, porém, que a dinâmica da vida será sempre a luta travada entre o temporal e o eterno. O homem querendo conhecer a si mesmo, sua origem e o seu final. A psicologia não vê o exemplo que o homem “finito”, jamais cuidará de si mesmo a não ser que entenda essa sua finitude em relação ao infinito. Quanto ao aspecto filosófico, serão tratados na parte dois. (continua, não deixe de ler).