SOCIEDADE DO deus-homem: SERVOS, ESCRAVOS E INTERNAUTAS
A SOCIEDADE DO deus-homem: SERVOS, ESCRAVOS E INTERNAUTAS
Valéria Guerra Reiter
O meio ambiente foi recriado diversas vezes. O planeta está passando por sucessões inorgânicas e orgânicas.
O habitat humano, sua casa, está sob bombardeio peremptório. Há poucos fósseis para comprovar a linearidade evolutiva, o véu do capitalismo vela a realidade, com seu interesse comercial acima de tudo.
As narrativas que contam a história da humanidade, enquanto gênero Homo possuem vertentes filosóficas, religiosas, científicas, porém a verdade ainda está soterrada nos sítios arqueológicos inexplorados e nos livros queimados.
O belicismo é produtivo, vide as guerras com suas reconstruções.
Henrique tinha vinte e sete anos e acreditou na sociedade do deus-homem com suas falhas e interesses levianos camuflados e por fenóis. A vulgaridade e a vaidade se assenhorearam da mentalidade dos chamados “internautas”, ou melhor, “escravos cibernéticos”: pessoas que sob o condão do apego apaixonado são “encantadas” por toda sorte de mídias com conteúdo vulgar e/ou tosco, que vem tornando as mentes servis e de fácil manipulação.
A obstinação também é uma forma de escravidão: refletiu Judith Butler em “A vida psíquica do poder”.
Porém nem todos são obstinados; o ecossistema social abriga espécimes segregados do tipo inconscientes. Fauna e flora naturais resistem a toda sorte ou antissorte de sujeições advindas do animal Homem.
A sociedade nacional em sua maioria não sabe que a mitologia é um tipo de história, com seus semideuses, deuses e mitos.
A população desconhece conceitos e retóricas, e portanto se deixa devorar por oportunistas de plantão, assim como a gazela saltitante e inocente, perante a sagacidade do leão.
Houve sempre um poder externo a nós, mas houve sempre o elemento resistência, como atributo negociador da alma humana. Ser um receptáculo passivo não precisa estar no script do ator social.
Rejeitar os ditames da tecnologia aliada à desumanidade “limitada cognitivamente” de uma maioria contemporânea é não ser este receptáculo passivo; já que até a Ética precisa ser criticada, segundo o filósofo Foucault.
Então caros leitores, reflitamos a partir dos próximos trechos para deixarmos de ser apenas receptáculos passivos.
“O Ministério da Fazenda está avaliando a proposta de modificar as regras orçamentárias para os setores de saúde e educação, visando alinhar o aumento dessas despesas ao limite de crescimento real do conjunto dos gastos federais, fixado em até 2,5% ao ano. Este estudo inclui a análise de mudanças nas regras para benefícios previdenciários específicos, como o auxílio por incapacidade temporária, que seriam ajustados para não seguir o salário mínimo. As informações foram reportadas inicialmente pela jornalista Adriana Fernandes, da Folha de S. Paulo.
Além do Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, o Ministério do Planejamento, sob a gestão de Simone Tebet, está desenvolvendo propostas que serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mudança nas regras dos pisos constitucionais de saúde e educação, que atualmente crescem mais rapidamente do que outras despesas, é vista como necessária para a sustentabilidade fiscal. O piso da saúde corresponde a 15% da receita corrente líquida, enquanto o da educação é de 18% da receita líquida de impostos”. Fonte 247
E agora eleitor?
“Na mitologia grega, a Hidra de Lerna aparece como um monstro com corpo de dragão e várias cabeças de serpente. Quando uma de suas cabeças era cortada, outras apareciam em seu lugar.
Quem será a Hidra de Lerna na Sociedade do deus-homem?
##ValReiterjornalismohistórico