O PERIGO dos APOIADORES de BOLSONARO
Eu sempre afirmo que o bolsonarismo abriu o bueiro do debate público e fez emergir toda sorte de elementos para discussões importantes.
Um desses elementos que surgiu recentemente foi o jornalista e ativista ambiental Michael Shellenberger, que ganhou notoriedade no Brasil ao questionar celebridades mundiais como Madonna e Leonardo DiCaprio sobre queimadas na Amazônia que ocorreram durante o governo Bolsonaro.
De acordo com um extenso artigo publicado por Jim Green, o editor do “Monitor Nuclear”, Shellenberger é, também, um negacionista científico e um perseguidor de ambientalistas. Ele também é conhecido por fazer lobby pela utilização de armas nucleares.
Ele voltou aos holofotes recentemente quando divulgou o que a imprensa chamou de “Twitter files”, que são uma série de tweets que denunciam o “terrível regime de censura” supostamente vigente no Brasil e encabeçado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Dias depois, ele voltou atrás e admitiu que as informações que divulgou eram falsas: “Eu inadvertidamente misturei a exigência de Moraes de desmascarar as identidades das pessoas que usaram essas hashtags com casos diferentes. Lamento o erro e peço desculpas pelo meu equívoco.”
Mas o pior é a declaração e revelação que ele faz sobre os Estados Unidos, quando era jovem e morava lá, havia um grupo nazista que fazia protestos dentro de uma vila de sobreviventes do Holocausto, e vê nisso um modelo exemplar de liberdade de expressão. “Isso é incrível”, diz esse homem perigoso. Ele também enaltece que poderia livremente rasgar a bandeira do país naquela época, algo que ele queria fazer. Ué, não são esses extremistas de direita que se dizem patriotas e agora querem rasgar o principal símbolo do país?
E agora esse elemento quer tumultuar e ofender a soberania do Brasil, que tem suas próprias leis, e acusar o nosso judiciário, que alerta a todos que liberdade de expressão não é liberdade de agressão. E que apologia ao nazismo, pedofilia, terrorismo são crimes e devem ser punidos como tal, não chamados de censura caso a justiça o coíba. Esse é o perigo de alguns dos apoiadores de Musk e de Bolsonaro.