56 mortos pela PM paulista
O papel do governador em relação às ações da Polícia Militar é de extrema importância e influência. Quando o líder máximo do estado adota uma postura de indiferença diante de ações truculentas que resultam em mortes de inocentes, ele efetivamente dá carta branca para a polícia agir sem restrições, muitas vezes culminando em tragédias irreparáveis. A Polícia Militar paulista, que é conhecida por sua violência, vê-se agora legitimada e até encorajada a agir com ainda mais brutalidade. Qualquer pessoa que não esteja alinhada com a polícia corre o risco de ser alvo de violência indiscriminada, uma vez que o governador Tarcísio de Freitas demonstra uma preocupante falta de interesse.
Além disso, a negligência é ainda mais gritante quando o secretário responsável pela pasta sequer tem conhecimento do número de vítimas causadas pelo chamado "esquadrão da morte". O governador, portanto, não pode se eximir de responsabilidade pela truculência policial, já que está contribuindo ativamente para a promoção de uma força policial hostil e perigosa para os cidadãos que deveria proteger.
Essa atmosfera de barbárie e denúncias de truculências e abusos – 56 mortos civis – com o fim da Operação Verão não apenas representa um grave perigo imediato, mas também cria um terreno fértil para que a violência se volte contra aqueles que inicialmente apoiaram essa postura. Aliás, os policiais que atuaram na operação não estavam usando câmeras. Por quê?
É evidente que essa conduta não é motivada pela busca pela justiça, mas sim por interesses políticos mesquinhos. Infelizmente, para o governador, parece que a preservação da vida dos mais pobres é sacrificada em prol de uma agenda política desumana e perversa. Pergunta: cadê o serviço de inteligência da polícia?
Investir em ações de inteligência é mais importante e benéfico do que matar negros e pobres!