60 ANOS DA DITADURA SANGRENTA - e ainda há quem comemore.
O pitoresco Olisomar Pires atacou novamente e demonstrou seu lado mais sombrio e obscuro, apesar de previsível, ao compartilhar um texto da deputada Letícia Aguilar chamando o que aconteceu em 31 de março de 1964, há 60 anos atrás, de revolução democrática, dizendo que o golpe representou uma luta contra o comunismo. Link aqui: 31 de Março 1964 - O dia que salvou o Brasil.
Um comentarista desse texto absurdo comentou muito bem sobre a coragem de alguém em chamar de "democrático" um período no qual ocorreram diversas torturas e atrocidades, como estupros ocultados, torturas físicas e psicológicas, e assassinatos disfarçados de suicídio. Além do evento ter marcado o fim das eleições livres, o estabelecimento da tortura, a alta concentração de renda, péssimas condições de vida para os trabalhadores e assassinatos cometidos pelo estado.
Por isso, é importante lembrarmos como esse período foi de repressão brutal e violação dos direitos humanos.
Nesta trágica data de 31 de março de 1964, que hoje faz exatos 60 anos, os militares comandados por Castelo Branco derrubaram o presidente eleito democraticamente João Goulart, que promovia reformas sociais que traziam ascensão social aos mais humildes.
E é abjeto que políticos como o senador general Mourão e a deputada que se diz cristã e da família, Letícia Aguilar, enalteçam tal período sangrento que mancha a nossa história.
Agora não surpreende que ambos estejam ao lado de Bolsonaro, assim como o recantista Olisomar Pires, que dá o tom sobre quais valores e interesses eles defendem.
Vale salientarmos que hoje, em 2023, sofremos uma nova tentativa de golpe, desta vez arquitetada pelo presidente Jair Bolsonaro, que merece ser punido por seus crimes.
O revisionismo histórico tenta dizer que só criminosos e vagabundos sofreram com esse período, mas desconsidera que muitos jornalistas, intelectuais e até crianças sofreram torturas físicas e abusos, acusados injustamente de terrorismo.
Por isso, é digno de crítica a institucionalização do silêncio de Lula sobre esse período, porque falar sobre essa barbárie é manter viva a memória do terror da ditadura.
Ps. Eu não tenho nada contra o Olisomar Pires, só ao que ele defende. Ele me parece uma pessoa pacata, mas que esconde um pensanto obscurantista e perigoso, por isso merece ser combatido. Mas eu ataco a musica, não o pianista.
ATUALIZAÇÃO: e, nessa mesma linha, encontrei agora o texto do Aloisio (sempre os mesmos) que também defende a ditadura no texto abaixo.
31 DE MARÇO SERÁ SEMPRE UMA DATA ETERNA PARA O BRASIL.
Não me surpreende que ambos sejam bolsonaristas veementes. Olha o fevor e clamor que eles defendem esse absurdo. Essa gente é perigossíma.