BOLSONARO E O ASSASSINATO DE MARIELLE FRANCO
Foi confirmado que os mandantes do assassinato foram os irmãos Brazão. O que motivou o crime foi a atuação de Marielle Franco em 2017 na Câmara de Vereadores, onde pedia para a população não comprar lotes em áreas de milícia.
Os Brazão, segundo a polícia, atuam em diversas atividades criminosas, incluindo atividades com milícias e ‘grilagem’ de terras na área de Oswaldo Cruz, Zona Norte da capital do Rio de Janeiro, reduto eleitoral da família.
O plano dos Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa também contou com o miliciano Ronnie Lessa. E é importante lembrar a relação entre a família Brazão e Fabrício Queiroz. Vocês se recordam quem é Fabrício Queiroz? Ele foi o chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro e especialista em fazer as rachadinhas, empregando mais de 100 funcionários fantasmas. E tem relação estreita com o Escritório do Crime, que tinha diversas atividades criminosas e envolvimento com milicianos no RJ, e era comandado por Adriano da Nóbrega, que foi condecorado como herói por Flávio Bolsonaro quando este era deputado federal. E vale lembrar que um dos funcionários fantasmas empregados no gabinete de Flávio Bolsonaro foi a mãe e mulher de Adriano Nóbrega. Isso é que é ter gratidão por um miliciano.
E não é só isso, como lembrou minha amiga Kath no artigo dela, “Marielle, Presente!!”, “em 2006, Brazão e Bolsonaro foram contra a CPI das milícias. Brazão entregou contrato de dez milhões na TV ALERJ para um assessor do Flávio Bolsonaro, Brazão fez carreata com Flávio Bolsonaro em 2022 para o papai. Inclusive entregou passaporte diplomático para familiares de Brazão após o assassinato de Marielle Franco” - E ela e eu também perguntamos: é tudo coincidência?
E sem contar que o filho de Bolsonaro, Jair Renan, namorou com a filha de Ronnie Lessa, autor dos disparos contra Marielle Franco.
E temos que lembrar o caso de Daniel Silveira, defensor de Bolsonaro, que na força do ódio quebrou a placa em homenagem a Marielle Franco.
Portanto, a ligação da famiGLia Bolsonaro com milicianos é estreita.
Mas não surpreende a relação de Bolsonaro com o que há de pior na humanidade, não é coincidência que ele foi buscar asilo político justamente na embaixada da Hungria, do ditador antissemita Viktor Orbán.
E sua relação com o genocida do povo palestino, o ultradireitista Benjamin Netanyahu?
O ditado que minha saudosa vó dizia nunca foi tão verdadeiro: “Diga com quem tu andas, que eu te direi quem és.”