Grécia Antiga: berço democrático da Civilização Ocidental

A ancestralidade grega é uma trama europeia entrelaçada, moldada pelos Aqueus, Dórios, Eólios e Jônios. Seu percurso histórico desdobra-se em quatro eras distintas: homérica, arcaica, clássica e helenística. O culto religioso reverenciava uma panóplia de divindades, com destaque para Zeus, o soberano dos deuses, Hera, sua consorte, Atena, Hermes, Dionísio e Afrodite, que habitavam o Olímpio.

Culturalmente, a Grécia, ou Hélade, é a matriz da civilização ocidental, o berço dos jogos olímpicos, da filosofia, da literatura, da dramaturgia e dos fundamentos da democracia moderna. Seus territórios abrigam a maior concentração de monumentos antigos na Europa.

A democracia, nasceu em Atenas com as reformas de Clístenes, que ascendeu ao governo da Cidade-Estado após a queda dos tiranos, entre 510 e 490 a.C. Há 2.500 anos, a palavra "democracia" ecoava nas terras da Grécia Antiga. Cada cidade-Estado tinha sua autonomia.

Clístenes fragmentou a cidade em dez distritos eleitorais, chamados demos, instituiu um conselho legislativo, uma assembleia popular para votação de leis, um tribunal cujos juízes eram sorteados entre 6 mil cidadãos e o ostracismo, que visava a proteção do regime democrático e preservação da liberdade, os atenienses criaram o ostracismo (ostrakón), que era o exílio temporário de um individuo considerado perigoso por um período de dez anos determinado em plebiscito por mais de 6 mil pessoas (Eclésia).

Péricles (461 a 429 a.C) se destaca como legislador, introduzindo três princípios essenciais para a sustentação da democracia ateniense: isonomia, a igualdade perante a lei; isocracia, a participação equitativa no poder; e isegoria, o direito igualitário de expressão nas assembleias.

Por fim, Sólon (594 a.C.) emerge como outro reformador crucial, iniciando uma revolução nas estruturas sociais, políticas e econômicas da polis ateniense. Importa ressaltar que a Grécia não constituía uma nação unificada.