POLÍTICA NO BRASIL: MEU PIRÃO PRIMEIRO
POLÍTICA NO BRASIL: MEU PIRÃO PRIMEIRO
Até que a farinha não é pouca, mas para não deixar dúvida, o jargão completo se diz assim: “quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro”. O que dizer de um sistema político que abriga 29 partidos políticos? Se perguntarmos quais seriam as propostas dos partidos existentes, com certeza seriam as mesmas de sempre, todos diriam: segurança, saúde, educação, saneamento. Caso fosse desta forma, certamente que não seria necessário ter tantos partidos políticos num país, o que por si já diz que o povo não está sendo representado, está ficando cada vez mais do lado de fora. Estão lá reunidos trabalhando nos seus interesses próprios, vez por outra falam de benefícios para o povo. Muito pelo contrário, como se o “pirão” fosse pouco, cada um na defesa de seu “pirão” primeiro. Haja pirão! Uma vez que somos nós o povo que paga a conta, essa gente toda continua nos enganando, temos que sustentar aproximadamente 80% destes inúteis que só sabem, muito mal, assinar seus nomes, e quando o fazem, já estendem seu pires à mão, na certeza de que virá o seu pirão. Vamos fazer uma conta simples: O Congresso é bicameral, logo composto por duas casas: O Senado Federal (integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas ) os 26 estados e o Distrito Federal) e a Câmara dos Deputados (integrada por 513 deputados federais, que representam o povo). Segundo o portal da Câmara, cada deputado tem R$ 125.478,70 por mês para pagar salários de 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$1.492,60 a R$17.638,64. Isso é o que consta no portal. Gastos com a campanha eleitoral para 2024: R$4,9 bilhões. Apenas para ilustrar um pouco, pois se somarmos tudo o que é gasto nos três poderes e seus puxadinhos, certamente ficaríamos estonteados. Se todo o sistema existente fosse para resguardar os direitos e interesses do povo, certamente que não reclamaríamos. Todavia, quando se vê tanta gente inútil e com tantos privilégios, além dos altos salários, é simplesmente revoltante, sabedores que somos quando assistimos as chamadas “negociações” com os 29 partidos políticos, não sendo nós eleitores que negociamos, nem precisa perguntar. Já sabemos que a política no Brasil, meu pirão vem primeiro. O povo só será procurado nas próximas eleições, e de tão desinformado, qualquer “pão com mortadela” pode comprar um voto, e quando não, nem precisa convocar o STF, até ladrão serve, desde que não incomode com a ditadura de toga. Por ventura, alguém conhece algum político que entrou pobre na política e saiu pobre de lá? Pode ser que encontre algum para manter a regra da exceção, ou talvez, outros que tenham desistido de participar da corrupção. De pelo menos um, posso me reportar: o cacique Juruna, que reclamou que alguém havia depositado dinheiro na sua conta. Pobre e sábio juruna, voltou para sua tribo, não pode suportar as ofertas fáceis do sistema corruptor da política no Brasil. Um pouco mais de uma dúzia de águias ocupam os lugares mais altos, enquanto as incautas rolinhas se mantem ciscando no terreiro para não serem devoradas. O que fazem com as verbas destinadas para os estados e municípios, se for uma verba de um milhão, até chegar no destino já não chegam a 500 mil, assim como fizeram com os respiradores. Resiste a tese política no Brasil: “farinha pouca, meu pirão primeiro.