RESULTADO DE UM PAÍS SEM RUMO

Ilha de Marajó pede socorro, e logo vira tema de debate nas mídias sociais, e a imprensa marrom parece fazer caso, contudo, apenas por conseguir melhor índice de audiência. Dos temas-problemas neste país, apenas a exploração política tem prevalecido, a exemplo do que já foi tema de debate, no caso dos sofridos índios Yanomamis, nada de significante aconteceu, índios continuam morrendo. Quem podia fazer alguma coisa não faz, quem sabe se não é por garantir melhor receita para o estado, em face, principalmente dos turistas estrangeiros que vem ao Brasil trazendo seus preciosos dólares (não é exagero). Quem não sabe do que se passa na vida dessa gente sem temor a Deus? Na sua maioria são pessoas que só pensam em dinheiro fácil, sexo. E para sustentar seus vícios mórbidos, são capazes de tudo, mesmo vendo uma família necessitada, sem trabalho e sem dinheiro, sem nenhum temor são capazes de comprar a virgindade de uma criança por alguns trocados - homens maus, sem caráter, sem Deus e sem compaixão. Dá nojo, pensar nessas coisas, assim como também é nojento, assistir um presidente da república negando tal realidade, mesmo que depois de denunciado pela ex-ministra Damaris o que se passa com nossas crianças na Ilha de Marajó. Num país sem rumo, as coisas acontecem à revelia de tudo e de todos os que detém o poder, ou, quando não, além coniventes são coparticipes das mesmas aberrações dessa natureza. Há cerca de trinta anos, houve uma CPI da “pedofilia”, muita gente grande foi denunciada, e pouco resultado obteve. Nesta mesma ocasião a descrença do povo quanto aos resultados das investigações eram tantas, foi quando surgiu o jargão de que “tudo acaba em pizzas”. Numa das manifestações do atual presidente, com muita veemência, contestou o relatório da então ministra dos direitos humanos denunciava o quadro trágico das crianças das famílias da Ilha de Marajó, disse o atual presidente da república: “... não cabe na minha cabeça que essas coisas sejam verdade...” Quais verdades denunciadas? Diz o jornal Rede Brasil: “São Paulo - A ex-ministra da mulher, da Família e dos direitos humanos, Damaris Alves (Republicanos), entregou uma série de documentos sobre as denúncias de supostas violências sexuais contra crianças na Ilha de Marajó. Ela enviou 2.093 páginas de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) diferentes. Agora eleita senadora pelo Distrito Federal, ela foi intimada a apresentar provas após dizer, em um culto evangélico em Goiânia, que havia recebido imagens de “crianças que tiveram seus dentes arrancados para não morderem no sexo oral”. Passado esse momento no tempo de perseguição política dos poderes da república, o tema volta à tona, dado ao resultado de uma emocionante música que já ultrapassou a todos os continentes, sensibilizando o mundo inteiro sobre tal situação na Ilha de Marajó. Além de confirmar o relatório da ex-ministra Damaris, a música faz uma denúncia quanto à ausência da igreja na evangelização no país - “Evangelho de Fariseus”. Aymeê, se tornou um fenômeno nas redes sociais com sua música “Ilha de Marajó”, em que aborda a questão da exploração sexual de crianças, tráfico humano e prostituição infantil na Ilha, no Pará. O vídeo de sua performance viralizou chamando a atenção de diversos expectadores, clamando pelos políticos, autoridades e órgãos públicos, cobrando ações e respostas. Esse é o resultado de um país sem rumo.