A HIPOCRISIA DOS BONZINHOS

Algumas pessoas costumam esconder suas pútridas personalidades em torno de uma hipocrisia latente. Não se incomodam quando a carne alheia é rasgada, quando injustiças são perpetradas em outrem. Nessas situações tudo é justificado, tudo tem um propósito, mas basta um leve arranhão na própria pele para que os intestinos de suas baixezas morais medonhas sejam expostos . Nessas ocasiões mostram quem são de verdade, seres minúsculos que se sentem gigantes principalmente quando estão aglomerados em hordas “pacíficas” e protetoras dos princípios morais e éticos. Mera falácia!

Por isso, principalmente aqui no Recanto das Letras, receber saraivadas de ataques gratuitos dessa turma de aloprados. Em outros foruns as divergências costumam ser um pouco menos selvagens. Contudo, nada me abala. Continuo sempre desconfiando de textos verde-amarelos em excesso, sempre repletos de lições desprovidas de verdadeiro conteúdo, mas impacientemente aguardadas por claques atoleimadas que se apressam em louvá-las. Vazio do vazio, nada do nada. Esses mequetrefes visam sempre lacrar pregando a infalibilidades dos seus credos religiosos e ideológicos conspurcados por intenções meramente prosélitas e políticas.

Não passam de ufanistas bufônicos e apodrecidos sempre alertas e dispostos a endossar comportamentos e desonestidades cometidas pelo grande facínora da nação, o mentiroso-mor que, mesmo ante tantas provas e evidências dos crimes, continua se escorando na mentira: “Eu fiz a coisa certa!”. Pois bem, os seus seguidores, soldados de cabeça e cérebro de papel, adoradores de pneumáticos e outras bizarrices inomináveis, ainda não se desmobilizaram por completo e só não perderam a vergonha porque nunca a tiveram. São estes mesmo que se eriçam, olhos injetados de sangue, com todo o ódio que lhes é peculiar para defender quem é e o que é errado. Eles sabem, mas por mera covardia recusam a acreditar que o errado é tudo e todo aquele que fez e faz mal para a maioria. E persistem na insanidade. Vêm e vão e estão sempre pregando perseguições aos seus ideais venéreos. Não fazem a menor cerimônia em meter Deus no meio dos seus delírios profanos, apenas para justificar a indolência mental típica, a incapacidade crônica de encarar e vencer os próprios demônios interiores. Essa é a nossa extrema direita, diferentemente da verdadeira direita que, embora insista em permanecer dormitando no canto da comodidade, não se enveredou por trilhas obscuras da irrazoabilidade antidemocrática.

Quando alguém que não esteja no mesmo espectro ideológico daqueles fanáticos sofre qualquer ataque indevido do Estado, apressam-se em endossar as ilegalidades com naturalidade. Exemplo mais significativo dessa constatação foi o que ocorreu na teratológica Operação Lava-Jato, isso, obviamente, para quem não compreende minimamente, ou nunca quis compreender de forma honesta e modo imparcial o Direito a malfadada manobra político-jurídica foi um primor. Quem apenas zurra jamais vai entender os fatos e as consequências pois sempre espera de boca aberta que lhe arremessem um bocado de alimento digerido. Mesmo porque, com a taça nas mãos, transbordante do mais puro suco escroto do “direito penal do inimigo”, esses estúpidos, continuam sorvendo o líquido da indignidade em goles arrebatadores.

Nessa perspectiva, quando verdadeiros criminosos, verdugos cruéis que tanto mal fizeram ao país, estão sendo justamente expostos dentro de todos os quadrantes da lei, garantidos, absolutamente, todos os princípios do devido processo legal, aquelas criaturas esperneiam, relincham, urram e berram. Difamam, caluniam e injuriam como todo antagonista covarde. E por isso mesmo, com propriedade, são denominados de Gado. Sim, bucéfalos que espumam pelos cantos da boca e são tangidos qual alimárias para pastar mansamente a alfafa da ignorância onde quer que desejam os seus proprietários. Não importa a condição social, a orientação, política, ideológica, sexual, partidária, a etnia, a cor, o time, a escolaridade, etc. Essa gente causa asco, revolta o estômago.

O brasileiro verdadeiramente do bem prefere sempre a brasa da palavra sincera, a agudeza da crítica mordaz, do que a tergiversação hipócrita e o oportunismo dos “bonzinhos”, profissionais de textos e manifestações gourmet. Eles se juntam nas redes sociais, postam mensagens de cunho religioso como detentores de uma procuração onde o Criador Supremo teria lhes outorgado amplo poderes para reformar o mundo; clamam por insurreições armadas ou não, a serem levadas a cabo não por eles, mas por outros mais tolos do que eles. Esses tipos revelam suas facetas fascistas ao defenderem um “Deus”, que não amam, uma “Pátria”, que não zelam nem dignificam, uma “Família”, que não respeitam, e uma “Liberdade”, que querem apenas para praticar ilegalidades sob o manto da impunidade.

Nos últimos dias, a cáfila chorosa está eriçada. Anteveem a queda do grande "Mito" construído, cimentado ao longo dos anos com a amálgama da burrice extrema, o grande ícone da mentira e da desonestidade moral e intelectual do Brasil. É certo, quem tem honra e dignidade não se compactua com a mentira, nem se comove com lágrimas insinceras de pranteador contumaz defronte a assunção inevitável de suas responsabilidades, qual faz com maestria o ex-presidente Bolsonaro, o “Mito”. Essa pessoa, bem como todos os envolvidos no mais grave atentado à Democracia brasileira, na apropriação milionária criminosa de bens público, na gestão absolutamente incompetente e catastrófica da economia nacional que gerou o rombo bilionário nas contas públicas a ser quitado por outro, na omissão assassina, que culminou na morte de tantos brasileiros durante a pandemia de Covid-19, e no enriquecimento controverso dos familiares incompatível com a renda, etc., devem ser levados às barras dos tribunais e, reitero, dentro da máxima legitimidade forrada pelo Direito, comprovar inocência ou arcar com o peso de suas ações suspeitas.

Desde já, por mais ou por menos que gostem os detratores cegos, necessário assinalar que todos os procedimentos investigativo e judicial até agora adotados, que involucram seriamente as figuras histriônicas da extrema-direita tupiniquim, têm sido pautados conforme a lei, sendo por isso mesmo exemplo e motivo de elogios efusivos da imprensa e profissionais do direito internacionais.

Enquanto isso, resta àqueles que possuem dificuldades de entendimento, ou a perversidade grotesca em aceitar verdades, a garantia sagrada prevista na lei, ou seja o direito de faze birraça e espernear ou então, com suas indefectíveis e hipócritas faces de “bonzinhos” choramingar na imprensa, nas suas igrejas fundamentalistas ou nas redes sociais, quem sabe não temos uma nova intentona em desfavor dos Poderes Constituídos, uma ruptura que traga de volta os “anos de chumbo”. Isso até pode acontecer, mas desta vez tenho certeza que o chumbo vai ser trocado!

Adolfo Kaleb
Enviado por Adolfo Kaleb em 09/02/2024
Reeditado em 21/02/2024
Código do texto: T7995496
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