Os esquerdistas e os crimes contra o patrimônio.
Acredito eu que toda pessoa que viva em alguma região do Brasil tenha ouvido lideranças esquerdistas nacionais declararem de viva voz que crimes contra o patrimônio, se é o patrimônio roubado de pequeno valor, não deve ser visto como atos reprováveis, e que não cabe aos criminosos que roubam coisas de pouco valor punições rigorosas, e que não têm eles de penarem em cadeias, pois são as coisas do roubo coisas de pequeno valor, sendo o roubo, portanto, coisa de somenos importância, insignificante.
Estamos num país em que há intelectuais que entendem que há lógica no assalto e que os criminosos são vítimas da sociedade e que a meritocracia é um mal e que a propriedade é fruto do roubo. E neste país, que há décadas ouve a cantilena revolucionária que leva milhões de brasileiros no beiço, quanto tempo será necessário para a idéia de se relevar o pequeno roubo atualizar-se incorporando a idéia do grande roubo como algo insignificante e, na sequência, chegar ao epílogo do movimento revolucionário comunista, isto é, dar toda propriedade como roubo e assim justificar-se a desapropriação, pelo Estado - o gigantesco roubo - de toda propriedade particular, criando-se, assim, na Terra, o paraíso socialista, este ideal dos sonhos de muita gente? Chegaremos a este dia?! Assistiremos à assunção aos altos cargos da estrutura do Estado brasileiro de pessoas de mentalidade criminosa e revolucionária? É disparate conceber em imaginação o Brasil do futuro, o do futuro próximo, nas mãos de revolucionários, tenham eles os apelidos que tiverem, nomeiem-se eles com os nomes que se nomeiem, a criarem um Estado totalitário que concentra em suas mãos todas as propriedades arrancadas, com ternura, é claro, ao povo, que a partir de então resumirá sua refeição diária, caso tenha alguma, à ração (com, ou sem, pão, mortadela, picanha e abóbora, não vem ao caso) que o Estado, sem perder a ternura, lhe entregará? Não tenho bola de cristal, tampouco sou um necromante, e não sei ver o futuro em borras de café, no vôo dos pássaros, na calvície de quem quer que seja, na disposição dos chifres em cabeças de cavalos; enfim, não sou um profeta, um mago, um feiticeiro de poderes proféticos; mas tenho de dizer que não 'tá difícil, não, se edificar um Estado totalitário em terras cabralinas. Ora, se aqui se dá carta branca para quem ao povo promete picanha e que avalia cada cidadão em apenas dez merréis...