COMO VENCER O MEDO - Parte Um

COMO VENCER O MEDO - Parte Um

Eles andam lado a lado, o medo e o perigo. O medo não existe sozinho - ele é uma reação. Caso alguém adentre a uma floresta querendo ver pequenos esquilos ou uma raposa, e de repente resolve afastar alguns ramos a frente, sem esperar, dá de cara com um urso branco. Um arrepio invade o corpo inteiro começa a suar frio, os cabelos se levantam, ficando quase que anestesiado, parado, de olhos arregalados. Esta reação é uma resposta do corpo, tendo suas capacidades de reação reduzidas. No entanto, se estivesse a uma distancia de cerca de trinta metros do urso, certamente que teria uma resposta mais tranquila, e talvez com disposição de subir numa árvore para se livrar do urso. Caso fosse falar com o chefe sobre o novo emprego, o medo excessivo poderia afastar a oportunidade. Isso é muito frequente na vida de muitas pessoas. Portanto, o medo é quase sempre proporcional ao nível do perigo. Não é o susto, o que ocorre muito rapidamente, e logo a pessoa se recompõe. O equilíbrio entre o medo e o perigo, é o que caracteriza o medo que poderíamos chamar de medo racional. Ele induz a fazer uma espécie de seguro de vida, uma forma de proteção, quando se pensa na família em caso de morte de um ente querido. Ter medo não é porque alguma coisa está errada na pessoa. O medo é uma faculdade natural dada por Deus. Pode ser um instrumento de prevenção ao risco iminente de perigo. O apóstolo Paulo ao retornar a Corinto, depois de escrita a primeira carta aos coríntios, quando havia chamado severamente a tenção da igreja. Na sua segunda vinda, estava receoso quanto ao comportamento das pessoas ante os fatos antecedentes. Paulo do seu estado emocional enquanto aguardava a reação dos coríntios à sua carta. (2Co.7.5-6) “Porque, chegando nós a Macedônia nenhum alívio tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro. Porém, Deus que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito”. Esse tipo de medo que ocorre no ser humano, tem uma relação espiritual, há uma luta externa em que as coisas se manifestam; ao mesmo tempo o temor que abriga nosso ser quanto ao que ainda está para acontecer. Uma espécie de prevenção em que a fé é suscitada ante o desconhecido. Há ainda, o medo racional ou exagerado, dependendo do grau de racionalização. Por exemplo: tomar injeção, ir ao dentista, fazer uma cirurgia. Uma pessoa que nutre um medo exagerado, pode, ao ouvir falar de um tiroteio, sair apressadamente para comprar uma arma.na expectativa de proporcionar sua segurança. A pessoa ante a doença, percebe que é uma violação do corpo, sendo errado construir um medo exagerado, fato que é mais comum nas pessoas sadias. Assim, o empobrecimento, uma violação financeira, não necessariamente o medo de ir à bancarrota, mas apenas como uma forma de equilibrar o orçamento. Diz-se que, “enquanto os homens são mais fracos no que diz respeito à ganância, é nas mulheres que o medo de empobrecer faz maiores estragos”. O luto, é uma violação do relacionamento. Numa pesquisa da revista Psychology Today, constatou-se que a maioria dos seus leitores afirmaram que “o maior pavor que tinham era a morte de um ente querido”. O medo exagerado nutre um luto antecipado. A morte é uma violação da vida; a morte é o último objeto do medo. Reúne vários outros objetos: doença, velhice, dor, viajar de avião, guerra e holocausto nuclear. (continua)