ESCOLHAS INSENSATAS

 

Ortega, Maduro, os irmãos Castro, Kin Jong Un e outros ditadores de esquerda são trogloditas que ainda vivem na Idade Média. Donald Trump, Milei, Victor Urban  (ditador da Hungria), Putin, são trogloditas de direita que ainda acham que estão na época dos Déspotas Esclarecidos.

Entre uns e outros só existe uma questão de nomenclatura. Ambos injetam em seus simpatizantes um ódio entranhado pela democracia e pela diversidade,  como se suas ideias  e aspirações fossem as únicas que merecem ser cultivadas. Alguns ainda sujeitam seus povos à uma vida miserável, degradante e sem consciência, somente para alimentar seus egos doentios. De direita ou de esquerda, nenhuma ditadura presta. Todas são fruto de uma aberração psicológica que acomete as pessoas que adquirem poder e não estão preparadas para exercê-lo.

No Brasil há quem gostaria de ver o país governado por uma ditadura do proletariado, nos mesmos moldes que Marx e Engels projetaram há centenas de anos atrás. Da mesma forma, há quem propugne por uma volta à ditadura militar que nos governou por mais de vinte anos.

Todos têm direito á sua opinião e decerto suas justificativas para pensar assim. A única coisa que essas pessoas não pensam, ou ignoram propositalmente, é que, seja qual for a orientação política e econômica que um país adotar, a única garantia de sucesso ainda será o bem estar que eles forem capazes de proporcionar ao povo.

Nesse sentido, termos como capitalismo, comunismo, socialismo etc. perdem o sentido e passam a ser apenas palavras processuais que se referem a um modo de pensar, que, na prática pode ser verdadeiro ou não.

Nenhum líder de esquerda que tenha um pouco de consciência, hoje, seria tão ingênuo a ponto de defender a abolição da propriedade privada como programa de governo, como fizeram os bolchevistas na Rússia em 1917. Da mesma forma, qualquer liderança de direita, com um mínimo de inteligência política e conhecimento histórico seria tão ignorante a ponto de achar que só a iniciativa privada será capaz de promover o bem estar de uma nação.

Na história das nações, nenhum estado, até hoje, se afirmou como produtor eficiente, assim como nenhum indivíduo assistiria, passivamente, a riqueza que ele produziu com seu esforço ser distribuída a quem nada fez para dela merecer um quinhão.

É aí que a roda pega. Até onde o Estado deve deixar que o “laissez-faire” predomine na estrutura econômica de um país, e em que momento deve intervir para evitar que a riqueza da nação seja acumulada nas mãos de poucos, em detrimento de muitos?

Nós, brasileiros, estamos enfrentando essa escolha insensata que nos foi posta por lideranças da esquerda e da direita. Milei está sendo desafiado por essa mesma equação na Argentina e Lula também, cada um do seu ângulo de visão

O resultado que cada um apresentar será um farol para os rumos que a América Latina tomará nos próximos anos.