A Humanidade enlouqueceu
A Humanidade enlouqueceu
Publicado em 19/01/24, no Blog Diário do Poder, Brasília/DF
A Humanidade enlouqueceu. Guerras, pandemia, catástrofe climática, miséria com o aumento da injusta distribuição da riqueza gerada, desemprego, e agora o crime organizado, aliado com o tráfico de drogas, dominando governos locais e mesmo nacionais, impondo suas regras de comportamento em expressivas partes desses países.
A Humanidade pode desaparecer, em alguns anos, por conta da catástrofe climática, que está atingindo um nível de deterioração de difícil reversão. Com a significativa alteração do clima global, que já está ocorrendo, acontecerão migrações maciças sem que se saiba o que fazer com os migrantes e os inexoráveis reflexos na agropecuária provocando fome, em escala mundial.
Alguns políticos e cientistas, consideram essas afirmações como alarmistas e infundadas. O mínimo que se pode dizer é que tais pessoas são mal informadas, ou são idiotas irresponsáveis, ou agem de má fé, pensando mais nos interesses imediatos dos grupos econômicos que representam, do que na salvação da Humanidade.
A catástrofe final não ocorrerá amanhã. No entanto, daqui a quinze ou vinte anos, a devastação será intensa e global. As últimas manifestações do Secretário Geral da ONU e do Papa, alertam para o cataclisma que se aproxima. Catástrofes estão ocorrendo nos outros países. Repetindo Greta Thunberg, defensora do meio ambiente: “convido-os a entrarem em pânico”.
Providencias precisam ser implementadas: políticas, econômicas, jurídicas, diplomáticas, tecnológicas e sociais, alicerçadas no sentimento de solidariedade, diretriz de comportamento ético que incentivou o curso da história por séculos. No Ocidente a retração das Igrejas Cristãs Históricas e da perspectiva Humanista que iluminava as pesquisas e o ensino das Universidades desinflou, privando as sociedades das orientações necessárias para consolidar a união dos povos. Esses dois grupos de referência precisam voltar, com urgência, a preencher o vazio de reflexões morais, sem as quais não conseguiremos a necessária união dos povos, para a promoção do Bem Comum. Sem a coesão moral dos povos nada poderá ser feito, na tentativa salvar a humanidade da extinção.
Eurico de Andrade Neves Borba, 83, ex professor da PUC RIO, ex Presidente do IBGE, é do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, mora em Ana Rech, Caxias do Sul. eanbrs@uol.com.br