A história de Brasília que o MEC, não soube, não quis ou não pôde contar
- Chamou-me, patrão?
- Isso mesmo! É que nós, aqui em cima, resolvemos mudar a Capital do seu país, Buenos Aires, lá em baixo, para o interior da nação.
- Rio de Janeiro, chefe!
- Desculpe! Rio.
- Dá para o senhor explicar melhor.
- Claro! Com o fim da Segunda Guerra, paira a ameaça de uma Terceira, muito mais poderosa quanto tenebrosa. Entretanto, no que se refere à disponibilidade bélica, nós temos material até de sobra, para o enfrentamento. Todavia ressentimos de um apoio logístico à altura do conflito. Principalmente no que tange aos insumos. É aqui que entra o fator “mudança de capital”. Ou seja: interiorizando a capital do seu país, podemos implementar essa importantíssima parte de apoio. Fomentando a agropecuária, principalmente na disponibilidade da imensa e vazia região de seus cerrados. Para tanto vamos construir uma nova cidade, interiorizada, para ser a nova Capital de seu país. Num lugar plano e alto, mas que fique ligeiramente tangente à região que vai ser densamente militarizada: a do Sudeste. Nesta Região permanecerá sediado o Poder Militar, capitaneado pela Escola Superior de Guerra. Tal área, de caráter preponderantemente militar, estará compreendida num raio de 250 quilômetros e tendo a Escola de Sargento das Armas (ESA) como epicentro. Nesse perímetro ficarão instaladas todas as escolas de patentes e graduados das Forças Armadas inerentes. Tais como: ESG, AMAN, CN, ESA, EN, CIAW, CIAA, EPCAR, CIASG, EsEFEX, IME, CTM, EsSEX, AFA, ESPCEX, EEAR, dentre outras, juntamente com todo Arsenal da Marinha e sua Esquadra de navios (Um sétimo da área do País. Não levando em consideração a ZEE – grifo meu). Imediatamente fora de tal perímetro ficará instalado o Poder Civil; na nova Capital Federal.
De modo que todo o interior do país fique responsável pela produção dos insumos necessários ao abastecimento da guerra que cada vez mais se avizinha; sempre sob a supervisão do Poder Civil, instalado na nova capital. Em contrapartida, as indústrias a serem também instaladas na Região Sudeste ficarão responsáveis pelo beneficiamento desses produtos; sempre supervisionados pelo Poder Militar contido no referido perímetro centrado da Região.
Todo produto beneficiado será transportado por vias construídas no interior do país, de modo “desaguar” aqui, nas proximidades da Linha do Equador e, daí, passando à responsabilidade da OTAN. Evitando, com isso, o uso marítimo no Atlântico do Hemisfério Sul.
- Ok! Todavia, como Presidente e Comandante Supremo da Nação, que vou dizer a “meu eleitorado” sobre pretensa “mudança de endereço da Capital”? Sair de um lugar litorâneo e patrioticamente histórico, onde consta a Galeria de Quadro dos Heróis, para um “lugar nenhum”; planalto do interior?
- Diga, aos seus correlatos, que vai estar “fugindo dos caranguejos”.
Nota: 1) A Nova Capital não tem dado certo por ter sido projetada para atender interesses alheios aos das aspirações da nossa querida Nação; 2) A concentração da nossa Força Armada, no referido perímetro, a torna estrategicamente vulnerável.