1968: A MORTE DE EDSON LUÍS
Em artigo no Correio da Manhã poucos dias depois da morte do estudante Edson Luís, baleado pela polícia militar num protesto ocorrido no restaurante universitário Calabouço, no centro do Rio, o psicanalista Hélio Pelegrino ressaltou a polarização da época:
"A morte do jovem estudante convulsionando o país, coloca problemas políticos da mais alta importância (...) Qualquer protesto, qualquer tomada de consciência da situação, qualquer iniciativa popular, qualquer movimento de brio nacional é- imediata e inexoravelmente - tachado de subversão comunista (...) daí decorre que as Forças Armadas deverão estar, sempre, em qualquer emergência, contra o povo." 1
1- "Um homem torturado - nos passos de Frei Tito de Alencar", Leneide Duarte Plon e Clarisse Meireles, pg. 95/ 96.