EGITO E BRICS+ PRECISAM DEIXAR CLARA A GEOPOLÍTICA DO BLOCO E O PAPEL DE CADA MEMBRO NA IMPLEMENTAÇÃO DA MULTIPOLARIDADE GLOBAL
O Egito tem que ser banido do BRICS+ antes de entrar?
O Egito acabou no reinado de Cleópatra, sua rainha e diva do ocaso dos faraós?
A partir daí caiu sob o domínio romano, britânico e por fim dos EUA?
Virou um país de lacaios ditadores?
O fundamentalismo islâmico e a arabianização linguística e cultural não conseguiu devolver ao Egito os seus milênios de desenvolvimento, glórias e sabedoria?
São perguntas que o Estado-Nação, do nordeste da África, precisa responder ao mundo, sobretudo, à África e ao Sul Global, neste século XXI.
O Brasil tem que se posicionar, no contexto de ser um dos fundadores do BRICS+.
Penso que o BRICS+ deve ser acionado pelo Brasil a instar um posicionamento do Egito favorável às causas do bloco.
Caso contrário deveria ser vetado antes da efetiva entrada em 2024.
O BRICS+ precisa ser mais claro e transparente e se posicionar sobre a guerra Hamas- Israel e Rússia- Ucrânia, para que o Sul Global e a Eurásia saibam de fato se o BRICS+ fará diferença, implementará a multipolaridade global ou veio para fazer mais do mesmo e copiar o modelo geoeconômico-político existente, sob controle dos EUA e UE.
O Brasil pode ser um novo ator soft power global e para isso tem que ser mais incisivo na diplomacia internacional.
A linha está traçada e termos conseguido 12 votos favoráveis, no Conselho de Segurança da ONU, com três votos dos cinco que têm poder de veto, a abstenção do Reino Unido e a contrariedade dos EUA, não é qualquer coisa.
A realidade, não sou nem otimista, nem pessimista, está dada e o Brasil tem que saber aproveitá-la.
Quanto ao Egito, penso que tem que se reconciliar com seu povo e resgatar a sua história milenar, que nos legou os primeiros grandes desenvolvimentos sociais da humanidade.