EXTREMISTAS EVANGÉLICOS

EXTREMISTAS EVANGÉLICOS

Carlos Roberto Martins de Souza

O discurso odioso de “guerra espiritual” no meio evangélico tem gerado uma grande apreensão entre os “CRISTÃOS” que não aceitam a política partidária dentro das igrejas. Algumas pessoas, usando de má fé, tem estimulado a invasão das igrejas para dominar as pessoas. E isto fica claro nas palavras da Santinha do Pau Oco, Micheque Broxonaro, que com a voz doce do ódio, no dia das eleições, rosnou como uma bruxa frustrada: “Esse câncer do partido das trevas vai ser dissipado da nossa nação. Esse partido, o PT, ele só veio para matar, roubar e destruir a nossa nação”. Considerada a irmã modelo, a popstar de Deus, a rainha do amor perfeito, a gata evangélica, a mãe exemplar, mesmo sendo a terceira mulher do Bozo, ela resolveu chamar para si a responsabilidade de fazer do marido, o “ESCOLHIDO IMPERFEITO, o homem mais honesto do mundo. Até antecipou a vitória quando orou: “...E Deus tem promessas para o Brasil, e todas as promessas irão se cumprir... Obrigado Deus, por ouvir as nossas orações". Cumpriu! Nos livrou dela e de sua falsidade religiosa. A “Dama da Latição” passou a espalhar a ideia fantasiosa de ameaça comunista, que Lula iria fechar igrejas, tomar propriedades e instalar uma ditadura no Brasil. Forjaram mentiras e espalharam nas redes sociais, nos templos, nas vigílias, nas casas, a tática satânica era enfiar as baboseiras na cabeça do gado. A coisa era aproveitar a vulnerabilidade para deixar as pessoas assustadas, confusas e desorientadas. Investiram pesado no marido “imperfeito” na tentativa vã de fazê-lo perfeito, mas não deu certo. O mundão sujo do gospel assinou embaixo no documento de consagração de Bozo a “Santo Padroeiro dos Crentes”. O projeto de poder abraçado pelos evangélicos já começava errado, e tinha tudo para não dar certo. Pastores passaram a agir como aiatolás e como ditadores dentro das igrejas, a fúria generalizada dos fundamentalistas evangélicos estava espalhando o medo e o terror nos templos, ordem dada, deveria ser ordem cumprida. A igreja criou “celebridades" para convertê-las em carrascos dos fiéis, coisas como: “Com Jesus, venço até Chuck Norris”, “A Verdadeira Tropa de Elite” e “Treinando um Louco Por Jesus” foram milimetricamente trabalhadas, era tudo para impactar os pobres esquentadores de bancos dos templos. A hashtag #ELENÃO foi afixada nas paredes, nas camisas, nas cuecas, nas calcinhas e até nos absorventes íntimos. Com esta mensagem os evangélicos achavam que iriam salvar o Brasil, só não falavam que o entregariam a “DITADORES”. Até a festa de comemoração já estava montada, Malafaia e Josué Malandro, salteadores profissionais, seriam os anfitriões. No Maracanãzinho, a Michica esnobou, disse que seu gatão Bozo foi escolhido por Deus para tomar o Brasil dos comunistas. Foi ovacionada de pé pela tropa de idiotas. A face religiosa do terrorismo evangélico surgia com força total, pelo movimento das tropas, seria apenas questão de tempo para a consumação da vitória. Era a hora de jejuar pela Pátria! Seriam vigílias, orações, sacrifícios, e o mais importante, doar dinheiro, pois o custo seria muito alto. O circo eleitoral estava montado, o gado alienado preso, o pasto preparado, era o momento de mostrar com quantas tábuas se faz um curral, a tronqueira e o matadouro. Sim, pois gado o rebelde deveria ser abatido, excluído da comunidade, quem não aderisse, deveria ir para o corredor da morte, ou da expulsão. Muitos foram sacrificados, pois não se renderam aos Milicianos de Cristo. Cegos pela cobiça do poder, os crentes não se deram conta de que eles, falsos profetas, estavam dispostos a defender, não os valores do evangelho, mas de uma ideologia extremista e anticristã. A “igreja militar” tinha como objetivo levar o quartel para dentro dos templos, seria a era do militarismo de Cristo. Criaram a mentira, “Deus, Pátria e Família” como atrativo, como isca na arapuca, era muito convidativa, pois o povo evangélico vive movido a slogan ou frases de impacto. Repetida pelo malandro Boçal Nero diuturnamente, ela rapidamente se espalhou. Milhares de igrejas foram transformadas em células militares usadas para a doutrinação de pessoas radicalizadas. As milícias evangélicas extremistas avançaram rápido, tomaram denominações, canais de televisão, redes sociais, e implantaram um regime religioso totalitário usando a Bíblia como pano de fundo, dela extraíram textos fora do contexto, usando-os como pretexto para convencer os fiéis de que Deus estava na frente de tudo. Os “CULTOS ELEITORAIS" foram estabelecidos, “CAMPANHAS POLITCAS” eram implementadas nas reuniões, falar sobre pecado não fazia sentido, o foco era extirpar o demônio do Brasil através da política, a visão medieval do cristianismo voltava com força total. Uma hipersensibilidade à verdade foi desenvolvida, a coisa suja se juntou a mal lavada. Pastores se tornaram “encantadores de serpentes”, eles precisavam do veneno para inocular nas vítimas. O curioso, e até preocupante, é que TODOS os pastores e líderes evangélicos responsáveis por cuidar dos EXTREMISTAS DE CRISTO exibem fortunas pessoais estrondosas, muitos são multimilionários, algumas denominações são o “IMPÉRIO DO OURO". Essa espúria relação entre igreja e política é criminosa e deprimente, não há relato de nada parecido na igreja primitiva. Só vi algo parecido com isso na ditadura militar, o assédio eleitoral nas igrejas evangélicas naquele momento foi crucial para o sucesso dos ditadores. Naquele tempo a igreja vestiu a farda do exército, fez o jogo dos militares e contribuiu diretamente para a vergonha do Brasil. Segundo os aiatolás evangélicos, seria uma eleição do bem contra o mal, da vida contra a morte, e o devoto escolhido foi um devoto da ditadura, um romeiro dos quartéis, o Capetão Broxonaro. Velho defensor da tortura, ele seria responsável por torturar o povo com suas merdas e com suas trapalhadas. Mas qual era o Deus deste salvador da Pátria? Bem, se analisarmos, nenhum! O comportamento moral, espiritual e ético dele, com atitudes que beiram a falta de humanidade, não deixam duvidas que ele nem sabe o que é Deus ou quem Ele é. A esta altura, feita a opção, fica evidente que os evangélicos optaram pelos “BOATOS" para conduzirem Boçal Nero a “Senhor dos Fiéis”, o redentor da nação. Num Culto Político no Espírito Santo, o Capetão bradou em tom arrogante: "Tenho certeza, venceremos. Somos o maior país cristão do mundo". Uma grande mentira! O que é normal. O cinismo é uma marca comum dos ditadores, e Bozo era candidato, para tentar aniquilar seu algoz, e ele dizia: “temos que “fuzilar a petralhada”. O Rei do Ódio viria com poder, pompa e glória. Para os apoiadores, a politica do ódio fomentada sob o alicerce da mentira deveria ser maciçamente pregada e difundida, e principalmente nas redes sociais. Numa delas, como forma de convencimento, Boçal aparecia numa foto usando um amuleto, o adereço, criado pela Igreja Fonte de Vida, com a mensagem: “Protegido pelo Sangue”, que não mostrou ser eficiente. Acho que era sangue de bode. Em certo momento ele afirmou: “Só saio daqui pela mão de Deus!”. O Messias e sua arrogância. E saiu, não pela mão, pois Deus não quis sujar as suas mãos com aquela merda, mas por um pé na bunda. Os EXTREMISTAS EVANGÉLICOS entraram em transe, incorporaram o demônio e partiram para o combate, em breve teriam uma grande missão, pois o céu se escureceu, o sol sumiu, e um temporal anunciava uma tragédia. O problema é a confusão, a madame Damares, aquela que teve um surto psicótico debaixo de uma goiabeira disse que o inferno mandou uns capetas - sic - que vocês não tem nem ideia, tem um até careca metido a Xerife. O pastor Markito Pelicano profetizava a vitória estrondosa do “imperfeito" homem de Deus. Malafaia, pela idade avançada, com cãibras na língua, não falava coisa com coisa, “Xamalaobozo", “Perdeuzémané”, “Shalamicheque", “Xapateigadobobo", “Baxalamitoloco". Os trovões anunciavam que o barulho seria infernal. No passado, Deus mandou o velho Noé construir uma arca, nela deveria ser colocado os animais, pois mandaria o diluvio. Pois bem, milhares de anos depois os evangélicos resolveram construir uma outra arca mais sofisticada, não a de Noé, mas a “Arca do Não É”. Sim, pois o carpinteiro era falsificado, sem competência e sem experiência, também não tinha formação técnica. Algum maluco recebeu uma visão. Ele, Deus, mandaria o Diluvio Lula, e ele poderia causar perdas e danos irreversíveis. O chefe “Não É” colocou gente de todo o tipo como trabalhadores e prometeu a eles lugar na embarcação quando a chuva vermelha caísse. Uma multidão atendeu ao chamado, vieram gente de todas as partes, mas o maior grupo era de evangélicos. Eles ouviram falar da catástrofe na igreja, contida na história do Velho Testamento, e por segurança, resolveram aderir ao projeto. A embarcação foi muito mal construída, usaram produtos pirata, de baixa qualidade, e colocaram tanta porcaria dentro, tanta muamba, tanta tralha, tantos otários, que quando o “Dilúvio Lula” caiu, a maldita arca não flutuou, submersa, mantando quase todo mundo por afogamento. Faltou experiência, sobrou burrice. Por azar, escaparam o idealizador, o “Não É” e mais uns animais, todos agarrados a restos da embarcação. A arca da Bíblia, segundo relatos, ancorou em segurança no Monte Aratat, uma pomba que havia sido enviada, deu a notícia de que as águas haviam baixado. A arca do “Não É” encalhou num monte de merda que deixaram no local da construção. Então, “Não É” mandou um jumento para fazer uma avaliação, depois um jegue, depois um burro, depois uma mula, nenhum voltou. Sobrou ele, “Não É”, e um asno, um animal extremista que não gostava de ser mandado. Combinaram de irem juntos fazer uma varredura, “Não É” quis montar no asno, mas levou um coice no saco que o deixou mudo. Pensando que a terra era plana, partiram, mas logo perceberam que a coisa era diferente, que haviam caído numa grande enrascada, os extremistas haviam morrido, que num barquinho de pau a pique, no alto de um monte, o “Hávera”, uma bandeira vermelha tremulava, e um grande número de pessoas lideradas por um operário haviam sobrevivido e dominariam a terra. Sendo minoria, ele de “escolhido imperfeito” para liderar os EXTREMISTAS EVANGÉLICOS, agora seguiria a saga de “fugitivo perfeito”, ele e o asno fizeram um acordo, pois não se sujeitariam a Lula. Vamos caminhar, resta a nós a Terra Prometida pelos evangélicos, a do Nunca... Nunca mais disputaremos nem jogo de porrinha. Arre burro!

Carlos RMS
Enviado por Carlos RMS em 01/11/2023
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