A OTAN NO ATLÂNTICO SUL ? ! ! . . .

 

 

A OTAN foi criada no pós-Segunda Guerra Mundial, a princípio, apenas para garantir o Plano Marshall, concebido para prestar ajuda financeira e operar na reconstrução dos países europeus (primeiramente, os mais afetados pela sanha destrutiva da 2ª Guerra Mundial:  Reino Unido, França e Itália).

Cessada a atuação do Plano Marshall (1950), a OTAN, tendo como motivação a imaginária ameaça e influência comunista na Europa Ocidental, permaneceu no Continente, avançando, paulatinamente, o seu poderio bélico para os demais países europeus.

Os estados-satélites que constituíam a União Soviética (URSS), subordinados a um mesmo regime liderado pela Rússia - regime comunista - foram igualmente bombardeados durante a 2ª Guerra.  Cuidavam, entre si, de sua reconstrução, mesmo em comprovado declínio financeiro.  

Questiona-se: 

Como, econômica e financeiramente combalidos, podiam, esses países comunistas, invadir ou influenciar outros países?!!... 

Tudo, no final das contas, uma armação, ou oportunismo, do governo Truman, dos EUA, junto com o idealizador do Plano - George Marshall - para impor e estender o capitalismo no mundo ocidental. 

Dessa investida, resultou a expansão da moeda norte-americana em todo o planeta.

Em 1989, cai o Muro de Berlim. Fim aparente da Guerra Fria. Postiço sentimento de paz, principalmente entre as duas superpotências bélicas:  EUA e URSS.

Em 1990/91, a União Soviética (com todos os seus estados-satélites) assina com a OTAN o TRATADO SOBRE FORÇAS ARMADAS CONVENCIONAIS NA EUROPA.

Em resumo, o objetivo do Tratado:

A União Soviética se dissolveria (como de fato ocorreu quando todos os seus estados se tornaram repúblicas independentes) e a OTAN estancaria seu avanço para outros países europeus

Oficializava-se, dessa forma, o fim, sem conflito, da medonha Guerra Fria.  Entretanto, informalmente não foi bem assim...

É que A OTAN, dessa vez sem encontrar qualquer resistência por parte da ex-URSS, não parou de se infiltrar noutros países, inclusive nos da Europa Oriental (aqueles que constituíam a ex-URSS).   Avançou ao seu bel-prazer, ao longo dos últimos 32 anos, sob o manto enganoso de ajuda humanitária (!), até alcançar a fronteira mais próxima da Rússia (principal alvo da extinta Guerra Fria), à revelia do Acordo por duas vezes solenemente celebrado. 

A OTAN, portanto, não parou de avançar, tampouco dá sinais de que vai diminuir o seu ímpeto beligerante e armamentista.   Observe-se que já estende seus braços para muitas milhas além dos países abrangidos pelo Tratado do Atlântico Norte, tendo em mira, agora, todos os países "liderados" pelos Estados Unidos. Tanto que, a fim de viabilizar esse seu intento, complementou a sigla (OTAN) com o termo genérico "INTERNACIONAL".  Com a nova denominação, a OTAN INTERNACIONAL se permitirá, doravante, mergulhar em todo e qualquer espaço navegável do mundo, seja no Atlântico, seja no Pacífico, no Índico, no Mediterrâneo...  Não vai demorar para assistirmos aos seus tentáculos, com ventosas de pólvora, penetrarem nas entranhas de nossa ainda pacífica América Latina.  Claro que fabricará motivos, sua velha tática, tendo como exemplos mais recentes os inúmeros conflitos havidos entre a Rússia e a Ucrânia.   Cá, na América Latina, no mínimo reacenderá as chamas da ameaça "comunistaaaa..." de Cuba e Venezuela.

Pelo exposto, que força teria, qualquer instituição armada latino-americana, para impedir o avanço da OTAN INTERNACIONAL em seu pobre e ainda pacato continente?...  Sopesando bem o aparato bélico da indesejável (?) Organização, o que fazer senão aceitar a nossa condição subserviente e humilhante de "vira-latas", tão amplamente difundida pela prepotência que se autodenomina "paraíso do mundo"?...

Não se trata aqui de pressentimento ou presunção.  Em meus textos não costumo fazer conjecturas, mas quem viver - ou sobreviver -, verá.                                                                                                      

                                                              (fernandoafreire.net)

 

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Para o texto: DIREITA e ESQUERDA: Possível Aliança Militar do Mercosul

De: José Nilton R da S Palma

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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 26/10/2023
Reeditado em 09/12/2023
Código do texto: T7917177
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